Ibovespa tem alta e volume modestos; ações defensivas lideram ganhos

Publicado em 16/09/2011 13:23 e atualizado em 16/09/2011 14:17
O mercado acionário brasileiro enfrenta mais um pregão de volume financeiro escasso e de instabilidade. Apesar da melhora do indicador preliminar de confiança do consumidor americano em setembro, investidores mostram pouca disposição em assumir riscos e preferem se posicionar em papéis mais defensivos do Ibovespa nesta véspera de fim de semana.

O vencimento de opções sobre ações no Brasil contribui para a volatilidade do mercado, agora compartilhada pelas bolsas americanas e europeias.

Pouco antes das 13h, o Ibovespa, subia 0,30%, aos 56.550 pontos, na terceira valorização consecutiva. O volume financeiro correspondia a apenas R$ 1,78 bilhão.

Em Wall Street, o índice Dow Jones tinha valorização de 0,28%, enquanto o S&P 500 subia 0,20% e o Nasdaq avançava 0,30%.

O vencimento quádruplo, quando expiram, ao mesmo tempo, os contratos futuros sobre índices acionários e de ações e as opções sobre índices e sobre ações, também deixa o mercado acionário americano sem uma direção definida.

O pregão morno conta com poucas novidades da cena europeia. Destaque da reunião de ministros europeus de Finanças na Polônia, a decisão sobre a liberação de nova parcela do socorro financeiro à Grécia foi postergada para outubro.

A decisão de representantes da zona do euro e do Fundo Monetário Internacional (FMI) ocorreu em meio a questionamentos sobre os esforços da Grécia para reduzir seu déficit.

Enquanto a crise segue distante de um fim, o secretário do Tesouro americano, Timothy Geithner, que participou do encontro europeu, reforçou a cobrança de uma resolução dos problemas.

Discordando do secretário, entretanto, os ministros das Finanças europeus disseram que os 18 meses de crise da dívida não deixam espaço para cortes de taxas ou gastos adicionais para impulsionar a economia.

"Temos visões ligeiramente diferentes de tempos em tempos de nossos colegas americanos quando se trata de pacotes de estímulo fiscal", afirmou o premiê de Luxemburgo e chefe do grupo de ministros das Finanças da zona do euro, Jean-Claude Juncker. "Não vemos qualquer espaço para manobra na zona do euro que permita lançar novos pacotes de estímulo fiscal. Não será possível."

Vale lembrar que, ontem, o Banco Central Europeu (BCE), o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), o Banco da Inglaterra, o Banco do Japão e o Banco Nacional Suíço adotaram uma ação coordenada para oferecer liquidez em dólares aos bancos europeus.

*Empresas

Dentro do Ibovespa, a maioria das ações ainda ganha força nesta jornada, com destaque para papéis de perfil mais defensivo, como Eletrobras ON (2,88%, a R$ 16,75), Telesp PN (2,31%, a R$ 50,86) e Redecard ON (2,07%, a R$ 26,60).

Ainda no campo positivo, as ações PNA da Vale tinham leve valorização de 0,04%, a R$ 42,74, e OGX Petróleo ON se apreciava em 0,68%, a R$ 11,74.

Na direção oposta, os papéis PN da Petrobras cediam 0,38%, a R$ 20,47. Os destaques negativos ainda pertenciam às ações BM&FBovespa ON (-0,98%, a R$ 9,07), Marfrig ON (-1,51%, a R$ 7,80), Braskem PNA (-1,54%, a R$ 15,90) e Usiminas ON (-1,61%, a R$ 23,69).

Os principais acionistas da Usiminas — Votorantim, Camargo Corrêa, Nippon Steel e Caixa dos Empregados da Usiminas — negaram, em comunicado ao mercado encaminhado hoje à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a existência de proposta de venda em aberto ou de uma oferta de compra por suas referidas participações na siderúrgica mineira.

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Fonte:
Valor Econômico

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