Bolsas europeias avançam de olho na reunião de ministros na Polônia

Publicado em 16/09/2011 14:16 e atualizado em 16/09/2011 16:29
A maioria das bolsas europeias marcou novas altas nesta sexta-feira, com os investidores especulando sobre os desfechos da reunião entre os ministros de Finanças da zona do euro, que está sendo realizada na Polônia.

O líder do grupo, Jean-Claude Juncker, afirmou hoje que a liberação de mais uma parcela do resgate internacional para a Grécia será decidido apenas em outubro.

O próximo pagamento da ajuda, de 8 bilhões de euros, depende da revisão das finanças da Grécia, mas representantes da zona do euro e do Fundo Monetário Internacional (FMI) adiaram sua avaliação em meio a questionamentos sobre os esforços da Grécia para reduzir seu déficit.

O secretário do Tesouro americano, Timothy Geithner, que também participou do encontro na Polônia, reforçou sua avaliação de que a Europa tem capacidade de resolver seus problemas.

Em Londres, o índice FTSE 100 subiu 0,58%, para 5.368 pontos; em Paris, o CAC 40 recuou 0,48%, para 3.031 pontos; em Frankfurt, o DAX subiu 1,18%, para 5.573 pontos; e em Milão, o FTSE MIB caiu 0,65%, para 14.547 pontos.

Os bancos seguiram caminhos diferentes, com o mercado especulando sobre um possível rebaixamento dos ratings de instituições italianas e francesas pela Moody’s. BNP Paribas perdeu 7,6%, Credit Agricole recuou 11,0% e Unicredit caiu 7%.

Na outra ponta do mercado, UBS recuperou parte das perdas de ontem, quando revelou perdas de US$ 2 bilhões provocadas por transações não autorizadas de um operador, e fechou em alta de 5,2%. Deutsche Bank subiu 0,92% e ING avançou 4,4%.

Destaque ainda para a queda de 4,8% das ações da Hermès. A família fundadora da grife de luxo recebeu aval de um tribunal da França para criar uma holding com mais de 50% das ações sem ter que lançar uma oferta pelo resto da empresa.

A decisão protege a família, segundo um porta-voz, contra futuras tentativas de terceiros de adquirir o controle. A LVMH já tem 21,4% da Hermès e muitos acreditam que queira o controle, o que ela nega.

O mercado avaliou ainda o índice de confiança do consumidor americano, medido pela Reuters e Universidade de Michigan, que subiu de 55,7 ao fim de agosto para 57,8 em meados de setembro. O resultado veio melhor que a previsão dos analistas, que era de alta para 57.

Fonte: Valor Econômico

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