Alimentos podem ter atingido pico em setembro, avalia Link

Publicado em 19/09/2011 10:45
Os preços dos alimentos no varejo e no atacado podem ter atingido seu pico em setembro e não sofrerão grandes pressões no fim do ano, ao contrário do que aconteceu em 2010. A opinião é do economista Thiago Carlos, da Link Investimentos.  Na segunda prévia de setembro do Índice Geral de Preços- Mercado (IGP-M), divulgada nesta segunda-feira, os produtos agropecuários mostraram estabilidade em relação à leitura anterior (passaram de 1,31% para 1,33%), enquanto a alimentação no varejo deixou queda de 0,13% para elevação de 0,85%.

“Os alimentos chegaram a um certo limite”, diz Carlos. “Eles não devem acelerar mais do que isso. O preço das carnes não deve mais subir tanto e os alimentos in natura já subiram o que tinham que subir”, sustenta. “Não estou vendo dentro das coletas nenhum choque, nem uma tendência de aceleração mais forte”.

Na atual medição do IGP-M, as hortaliças e legumes tiveram queda de 2% no varejo, contra deflação de 5,18% no segundo decêndio de agosto. Já o preço das frutas passou de alta de 2,18% para 6,12%, e o das carnes bovinas, de 0,05% para 1,45%. Os três itens puxaram a alta do grupo alimentação.

Segundo o analista, além dos fatores internos, as commodities também vão ajudar a segurar os preços dos alimentos. “Houve uma desaceleração das commodities no último mês e parece que isso continua em setembro. Não acredito que tenha mais pressão vindo dos preços agropecuários pelo menos neste fim de ano”, afirma.

Em sua projeção, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) agropecuário deve ficar em torno de 1,5% no fechamento do IGP-M de setembro, mas recuará para perto de 1,1% em outubro, o que fará com que o índice geral caminhe de algo entre 0,60% e 0,65% para 0,40% de um mês para o outro. Para o fim do ano, Carlos revisou há três semanas sua previsão do IGP-M acumulado de 5,2% para 5,5% em função dos números de agosto, que vieram mais fortes do que o esperado, mas o economista não acredita que as taxas do fim do ano poderão alterar sua estimativa.

Fonte: Valor Econômico

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