Ibovespa reduz perdas em dia de giro elevado com vencimento de opções

Publicado em 19/09/2011 13:19 e atualizado em 19/09/2011 15:07
Renovadas preocupações com a crise grega levam investidores a mostrar cautela no pregão desta segunda-feira e devolver parte dos ganhos vistos na semana passada.

Sem novidades no fim de semana, após reunião de ministros de Finanças europeus, voltam a rondar o mercado os temores de insolvência da Grécia. Investidores temem que o país não consiga receber nova parcela do socorro financeiro dos órgãos internacionais e aguardam teleconferência entre autoridades gregas e representantes de União Europeia, Fundo Monetário Internacional (FMI) e Banco Central Europeu (BCE) para discutir como está o cumprimento dos termos do acordo de resgate.

As bolsas, contudo, reduziram sensivelmente a queda no início desta tarde. No Brasil, por volta das 13h, após marcar mínima de 56.059 pontos, o Ibovespa recuava 0,71%, aos 56.801 pontos. O elevado giro financeiro era de R$ 6,8 bilhões.

Desde a abertura, a bolsa brasileira consegue apresentar perdas inferiores às das bolsas americanas, influenciada pelo vencimento de opções sobre ações.

Em Wall Street, depois de cinco dias de valorização, o índice Dow Jones tinha queda de 1,59%, enquanto o S&P 500 caía 1,54% e o Nasdaq recuava 0,86%.

Por lá, o presidente Barack Obama apresentou um pacote de redução do déficit em US$ 4 trilhões nos próximos dez anos.

O volume inclui a economia de US$ 1 trilhão prevista com o fim da guerra no Iraque e no Afeganistão, além de amplos ajustes na estrutura tributária, em subsídios agrícolas e em despesas com benefícios da área de saúde, como o Medicare e o Medicaid.

Além das tensões com o quadro europeu, os indicadores econômicos americanos permanecem enfraquecidos. A Associação de Construtores de Casas dos Estados Unidos (NAHB, na sigla em inglês) mostrou que o índice de confiança do setor caiu 1 ponto de agosto para setembro, para 14.

De toda forma, as expectativas desta semana seguem voltadas à reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA). Investidores estão esperançosos de que sejam anunciadas medidas para impulsionar a economia do país.

Empresas

Na cena corporativa brasileira, a maior parte das ações seguia no campo negativo, com destaque para papéis do setor financeiro e atrelados à economia doméstica, como Cyrela ON (-2,88%, a R$ 13,82), Pão de Açúcar PN (-2,96%, a R$ 62,20) e Rossi ON (-2,97%, a R$ 11,07).

Usiminas ON ainda cedia 2,43%, a R$ 23,27, diante da notícia dada pelo Valor de que o grupo japonês de acionistas da Usiminas, liderado  por Nippon Steel Corporation, vai exercer o direito de preferência e ficar com as participações de Votorantim e Camargo ao negociarem sua saída, esperada para breve.

Dentre as “blue chips”, Vale PNA subia 0,30%, a R$ 43,13, e tinha o maior giro do dia, no valor de R$ 621 milhões, enquanto Petrobras PN avançava 0,29%, a R$ 20,71, com volume financeiro de R$ 184 milhões.

As principais altas ainda pertenciam às ações Fibria ON (2,41%, a R$ 17,82), Sabesp ON (1,75%, a R$ 47,64) e Ambev PN (1,73%, a R$ 56,37).

Fora do Ibovespa, as ações PNA da Suzano subiam 1,37%, a R$ 10,35, e os papéis ON da Anhanguera ganhavam 1,53%, a R$ 25,20.

O Valor mostrou hoje que a Suzano avalia a venda de ativos na área de papel. Já a Anhanguera comprou a Uniban por R$ 510 milhões.

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Fonte:
Valor Econômico

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