Alckmin afirma para sindicalistas da Força Sindical que pode baixar ICMS para frigoríficos em São Paulo
Durante a reunião, o governador aceitou aumentar o crédito do ICMS para 6% em cima dos produtos que já foram comercializados, atualmente o Estado de São Paulo aceita 3%. Além disso, o governador também afirmou que o imposto seria reduzido para 4%.
A pauta da reunião era as demissões arbitrárias feitas pelo grupo JBS em frigoríficos instalados em várias cidades, especialmente em Presidente Epitácio, onde a empresa fechou a unidade, demitiu 1,3 mil funcionários e ameaça demitir mais em outros municípios do Estado.
A empresa argumenta que o ICMS é menor em outros Estados. O grupo JBS alegou que o motivo do fechamento do frigorífico de Presidente Epitácio é a desiguldade fiscal, decorrente da legislação tributária de alguns Estados. Por trás da decisão do fechamento do frigorífico em Presidente Epitácio está a guerra fiscal entre os Estados.
Sindicalistas da Força Sindical terão uma nova reunião ainda hoje em Brasília com a direção da empresa para buscar solução para as demissões. “Estamos buscando solução para evitar mais demissões neste setor”, disse o presidente da Força Sindical. "Se a situação não mudar, as empresas alegam que não têm como permanecer mais em São Paulo", afirma o sindicalista e deputado federal.
Para Melquíades de Araújo, presidente da Fetiasp, a medida, se implementada, manterá os aproximadamente 50 mil empregos no setor de frigoríficos no Estado. Desde o início do ano, o grupo JBS demitiu cerca de cinco mil trabalhadores nos frigoríficos de Lins, Andradina, Barretos e Presidente Epitácio. Só nesta última cidade o frigorífico foi fechado e foram demitidos 1,3 mil trabalhadores de uma só vez.
Vale lembrar que os dirigentes sindicais já estiveram reunidos com o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, para cobrar solução para as demissões. O BNDES tem 1/3 de participação na empresa.
No dia 8 de setembro, trabalhadores e sindicalistas da área da alimentação interditaram a ponte que liga o Estado de São Paulo a Mato Grosso do Sul, na Rodovia Raposo Tavares, em protesto contra as demissões.