Ibovespa abre em alta e retoma linha dos 54 mil pontos

Publicado em 28/09/2011 10:26
Apesar da queda das principais bolsas europeias, a esperança volta a contagiar as operações da praça acionária brasileira e do mercado futuro americano. Sem notícias de peso no radar, investidores continuam atentos ao desenrolar da crise da dívida soberana europeia, enquanto recebem novos dados da economia americana.

Perto das 10h15, o Ibovespa subia 0,45%, para 54.161 pontos, na terceira valorização seguida. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o índice futuro avançava 0,49%, aos 54.360 pontos.

Entre os ativos de maior peso, Petrobras PN recuava 0,30%, a R$ 19,49; Vale PN subia 0,14%, a R$ 40,88; OGX Petróleo ON cedia 0,24%, a R$ 12,07; Itaú Unibanco PN tinha valorização de 0,61%, a R$ 29,37; e BM&FBovespa ON se apreciava em 0,32%, a R$ 9,13.

Em Wall Street, os futuros do Dow Jones e do S&P 500 tinham alta de 0,32% e 0,26%, respectivamente.

Ontem, o Ibovespa chegou a avançar 2,3% na máxima do dia, quando encostou nos 55 mil pontos, mas encerrou com valorização modesta de 0,32%, aos 53.920 pontos.

No mercado americano, a valorização das bolsas foi mais acentuada. O índice Dow Jones subiu 1,33%, enquanto o Nasdaq ganhou 1,20% e o S&P 500 avançou 1,07%.

Nesta quarta-feira, a agenda de indicadores é mais amena. Nos Estados Unidos, o Departamento de Comércio mostrou que as encomendas de bens duráveis recuaram 0,1% em agosto na comparação com julho, resultado pior que a previsão de analistas.

Em contrapartida, as encomendas de bens de capital excluindo defesa e aeronaves, consideradas uma medida aproximada do investimento das empresas, aumentaram 1,1% em agosto, depois de caírem em julho.

Ainda nesta manhã, saem os números semanais das reservas de petróleo e derivados no país. À noite, o presidente do Federal Reserve (Fed), o banco central americano, Ben Bernanke, discursa. O tema, contudo, não é a economia dos EUA e, sim, “Lições dos Mercados Emergentes sobre Fontes de Crescimento Sustentado”.

Na cena europeia, a Grécia continua no radar dos investidores. Os inspetores da dívida vão voltar ao país amanhã depois de suspenderem sua revisão das finanças no começo deste mês, em meio a conversas sobre os déficits orçamentários. Os delegados são do Fundo Monetário Internacional (FMI), União Europeia (UE) e Banco Central Europeu (BCE).

Ontem, o premiê grego George Papandreou esteve em Berlim para conversar com a chanceler alemã Angela Merkel. Ele reforçou que seu país vai cumprir com os compromissos assumidos em troca do socorro financeiro de parceiros europeus e do FMI e destacou que é importante que os sócios europeus enviem sinais de apoio.

O presidente da Comissão Europeia, José Durão Barroso, afirmou hoje que a Grécia é e vai continuar sendo um integrante da zona do euro.

Barroso disse ainda que os europeus devem tornar imediatamente o Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (EFSF, na sigla em inglês) mais forte e mais flexível a fim de que apoie a recapitalização dos bancos, intervenha nos mercados secundários para ajudar a evitar um contágio e realize uma intervenção preventiva.

O Parlamento finlandês já aprovou a expansão dos poderes do fundo de resgate da zona do euro, embora a decisão ainda dependa dos outros integrantes da zona do euro.

Fonte: Valor Econômico

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