MERCADO FINANCEIRO: Ibovespa opera com forte volatilidade nesta quinta-feira

Publicado em 13/10/2011 15:06
O Ibovespa, principal termômetro da BM&FBovespa opera com forte volatilidade nesta quarta-feira, além de registrar um volume financeiro acima do normal. Segundo analistas, os fundos compradores voltam a atuar no Ibovespa mesmo diante de preocupações com a desaceleração da China e as ainda presentes e atuantes incertezas na Europa.

"O exercício futuro deixa a bolsa mais agitada, com isso o Ibovespa pode se descolar do cenário externo e vir a operar em alta", explica o operador da Geraldo Corrêa, Sandro Fernandes.

O cenário externo mostra-se bastante sensível às incertezas vindas, principalmente, da Europa. Como explicam especialistas, as ações com o objetivo de promover a recuperação de economias e governos de alguns países da Zona do Euro não foram concretizadas ainda, bem como a promessa de recapitalização dos bancos.

Bolsas Europeias fecham no vermelho - Na Europa, as principais bolsas de valores encerraram esta quinta-feira em queda. O CAC-40, de Paris, desvalorizou 1,32%, aos 3.186,94 pontos, enquanto o DAX, de Frankfurt tinha perdas de 1,51%, a 5.903,93. O FTSE 100 Index, de Londres recuava 0,70%, a 5.403,4 pontos e o Ibex 35, de Madri, caía 0,91%, a 8.943,50 pontos. O FTSE MIB, da Itália tinha queda de 3,70%, a 15.894,39.

Confira o que dizem outros veículos de comunicação:

No Valor: Volátil, Ibovespa volta ao campo positivo e sobe 0,90%

Instável e com volume financeiro acima do normal para o horário, a bolsa brasileira voltou a operar no campo positivo na tarde desta quinta-feira.

Mesmo com as preocupações no exterior diante da desaceleração da China, das incertezas com a Europa e com os novos balanços trimestrais das empresas, investidores voltaram a atuar com mais força na ponta compradora do Ibovespa.

O vencimento do contrato futuro do índice adiciona instabilidade aos negócios.

Por volta das 14h40, o Ibovespa avançava 0,90%, aos 54.325 pontos. O volume negociado estava em torno de R$ 4,153 bilhões.

No mesmo horário, em Wall Street, o índice Dow Jones caía 0,47%, o S&P 500 perdia 0,61% e o Nasdaq subia 0,13%.

Na Europa, as principais bolsas fecharam no “vermelho”. O índice FTSE 100, de Londres, perdeu 0,71%, para 5.403 pontos; em Paris, o CAC 40 caiu 1,33%, para 3.187 pontos; e, em Frankfurt, o DAX recuou 1,33%, para 5.915 pontos.

Por lá, as discussões em torno da participação do setor privado no plano de resgate europeu continuam. Hoje, o Banco Central Europeu (BCE) alertou sobre os riscos do envolvimento dos bancos  nos pacotes de resgate na zona do euro, notando que essa participação coloca em perigo a estabilidade financeira da área da moeda comum como um todo e pode levar à necessidade de uma recapitalização das instituições financeiras "em larga escala".

Além disso, com a aprovação pelo Parlamento da Eslováquia, todos os 17 países componentes da zona do euro ratificaram a proposta que eleva os recursos do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (EFSF, na sigla em inglês) para 440 bilhões de euros (US$ 600 bilhões).

De toda forma, o analista da Socopa Corretora Osmar Camilo acredita que a volatilidade continuará a permear os mercados, enquanto investidores aguardam detalhes de um novo plano europeu, conforme assinalaram os líderes da Alemanha e da França no domingo.

Empresas

Na cena corporativa brasileira, mesmo com a queda das commodities, as ações ligadas a elas inverteram o rumo e passaram a avançar.

Minutos atrás, Petrobras PN subia 0,46%, a R$ 19,25, Vale PNA ganhava 0,37%, a R$ 40,38, e OGX Petróleo ON se apreciava 0,16%, a R$ 12,31.

As maiores altas do Ibovespa, agora maioria, pertenciam aos papéis Gafisa ON (5,97%, a R$ 5,68), ALL ON (4,86%, a R$ 8,40) e Vanguarda Agro ON ( 5,17%, a R$ 0,61) – novo nome da Brasil Ecodiesel.

Já as principais baixas partiam das ações Duratex ON (-1,73%, a R$ 9,04), Telemar ON (-2,12%, a R$ 19,83) e Gol PN (-2,48%, a R$ 12,15).

No Valor: Reforço do fundo de estabilidade europeu já está valendo, diz Barroso

O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, afirmou nesta quinta-feira que, com a aprovação do Parlamento da Eslováquia, o reforço do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (EFSF, na sigla em inglês) já está “plenamente operacional”.

A Eslováquia foi o último dos 17 países da zona do euro a ratificar a proposta que eleva os recursos do EFSF para 440 bilhões de euros (US$ 600 bilhões). Com esses recursos, o fundo poderá comprar títulos de países do bloco em dificuldades, ajudar bancos e oferecer linhas de crédito para governos da região.

“O novo EFSF nos dá uma ferramenta mais forte e flexível para proteger a estabilidade financeira da zona do euro”, disse Barroso em nota. “O fundo é de claro interesse de todos os 17 membros diretamente afetados, bem como de toda a União Europeia.”

Na Reuters: Parlamento da Eslováquia ratifica expansão de fundo europeu

O Parlamento da Eslováquia ratificou um plano para impulsionar o fundo de resgate europeu na quinta-feira, completando o processo de aprovação como último membro da área comum.

A aprovação do plano para expandir o fundo (EFSF, na sigla em inglês) ocorreu após uma tentativa fracassada que derrubou o gabinete de centro-direita do país da Europa central e chacoalhou os mercados financeiros na terça-feira.

Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas com Valor

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