IMA lançará projeto educativo em comunidades rurais de MG

Publicado em 24/11/2011 10:02
Com o objetivo de aumentar a eficiência da vigilância sanitária animal em Minas Gerais, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) irá executar em 2012, o projeto “Notificação Já”. O objetivo é promover uma mudança de conduta nas comunidades rurais para que haja a comunicação imediata ao IMA, no caso de qualquer suspeita de doenças de notificação obrigatória - que são alvo do sistema de vigilância sanitária animal.

Primeiramente, será enfatizada a importância da notificação e do rápido atendimento às suspeitas de doenças vesiculares, como: a Febre Aftosa e Estomatite Vesicular Bovina, além das respiratórias e neurológicas que acometem aves, como a Influenza Aviária e Doença de Newcastle e que acometem suídeos (suíno e javalis) como, a Peste Suína Clássica e a Influenza Suína. Posteriormente, outras enfermidades cujos sinais clínicos assemelham-se aos das doenças mencionadas acima, também serão enfatizadas no projeto.

As doenças consideradas alvo do sistema de vigilância sanitária animal possuem rápido poder de difusão e exigem uma imediata contenção e eliminação de possíveis fontes de infecção. Portanto, quanto menor o tempo de intervenção, menores serão os prejuízos decorrentes da disseminação de uma possível enfermidade no território mineiro.

A notificação da suspeita de uma enfermidade pode chegar ao serviço veterinário oficial através da informação do produtor rural, de um veterinário habilitado ou qualquer outra pessoa da comunidade. O importante é que a comunicação seja feita ao escritório local do IMA o mais rápido possível.

Antes do lançamento oficial, o “Notificação Já” vem sendo divulgado desde outubro pelas 20 coordenadorias regionais do IMA, que abrangem todas as regiões do estado. Com isso, 420 palestras educativas são realizadas para produtores e comunidades rurais até o mês de dezembro, além de haver uma constante divulgação sobre o assunto nas rádios do interior do estado.

Para o diretor-geral do IMA, Altino Rodrigues Neto a educação sanitária é um processo ativo, que proporciona uma mudança de conduta através do conhecimento. “Por isso, a intenção é utilizá-la como uma ferramenta para promover maior rapidez nas notificações e, consequentemente, no atendimento às suspeitas de doenças de comunicação obrigatória”, informa.

Ele explica ainda, que o processo de vigilância conta com o importante papel que os produtores e a comunidade rural possuem, em acionarem ao IMA, no caso de qualquer suspeita de doença emergencial. “Porém, depende também de outros fatores como, a rapidez da notificação no caso do surgimento de alguma doença, da ação imediata do pessoal capacitado do serviço de defesa sanitária animal e da capacidade do laboratório para realizar o diagnóstico”, completa.

 

Doenças alvo

As doenças alvo do sistema de vigilância sanitária animal e de notificação obrigatória se enquadram em parâmetros tais como: propagação internacional; apresentam capacidade de propagação significativa em populações imunologicamente desprotegidas; podem apresentar potencial zoonótico (doenças transmissíveis), dentre outras características.

Há 16 anos não ocorre Febre Aftosa em Minas Gerais. Também não há foco da Peste Suína Clássica e doença de Newcastle. A Influenza Aviária e Suína nunca foram diagnosticadas no país, ou seja, são exóticas.

A Estomatite Vesicular e a Varíola Bovina podem apresentar alguns sinais semelhantes aos da Febre Aftosa. Já a Laringotraqueíte das aves pode ser confundida com Influenza Aviária, de forma que um atendimento rápido por parte do serviço veterinário oficial pode descartar essas doenças ou se caso venham a ser confirmadas, possam ser imediatamente contidas e erradicadas.

Para manter a segurança dos rebanhos e plantéis é necessária uma vigilância epidemiológica constante e eficaz com a participação do produtor rural para notificar prontamente o IMA qualquer suspeita de doença, cujos sinais clínicos sejam parecidos com os das enfermidades referidas acima.

 

Fonte: IMA

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