Dívidas agrícolas chegam a R$ 147 bilhões

Publicado em 02/12/2011 06:50
O endividamento dos agricultores está desistimulando o setor e poderá comprometer a economia do país com a redução da produtividade na agropecuária. A análise é do deputado federal Nelson Padovani (PSC-PR), relator da Comissão de Endividamento da Agricultura e Pecuária no Brasil. Em recente visita à FOLHA, o deputado informou que a comissão fez um levantamento das dívidas dos agricultores e concluiu que o total é de R$ 147 bilhões.

De acordo com Padovani, o governo deveria olhar com mais atenção para o problema porque a agricultura contribui com 40% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. ''Nós precisamos ter a agricultura como carro-chefe porque as divisas para obras importantes do país vem das exportações'', justifica.

Segundo ele, a estimativa atual não é nada otimista, com a redução da produção da próxima safra de 162 milhões de toneladas para cerca de 150 milhões de toneladas. ''Considero que a redução da próxima safra é um problema de segurança nacional; esses agricultores precisam ter de volta o acesso ao crédito para que voltem a plantar e para que haja uma retomada da produção nacional'', recomenda.

A principal causa do endividamento dos agricultores seria a falta de um seguro agrícola para cobrir as despesas dos produtores quando há interferências climáticas na produção, como excesso de chuva, seca ou geadas e também a falta de preços para os produtos. ''O que está acontecendo se deve à falta de prevenção, que seria o fundo para catástrofes; por isso, o governo tem que entender que a ajuda aos endividados não é uma despesa e sim um investimento'', afirma.

Para o deputado, que é da bancada ruralista da Câmara, o Brasil precisa dobrar a sua produção agrícola nos próximos 10 anos. Segundo ele, isto é perfeitamente possível porque os Estados Unidos e a China têm uma área territorial apenas 10% maior que o Brasil e produzem cerca de 500 milhões de toneladas, ou seja, três vezes mais. ''Nós temos o dever de dobrar a produção agrícola porque temos extensão de terra, clima favorável, as melhores terras do mundo, os melhores plantadores e tecnologia, mas o governo precisa fazer a parte dele e abraçar esta causa'', sugere.

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Fonte: Folha Web

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