Produtores rurais protestam em MS e recebem Lula com apitos, faixas e abacaxis

Publicado em 13/11/2013 09:56 e atualizado em 13/11/2013 16:00

O encontro marcado entre empresários na sede da Fiems (Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul), e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve a presença de manifestantes ruralistas com apitos, faixas e abacaxis nas mãos. 

A manifestação ocorreu pouco depois das 10 horas logo depois que Lula saiu do Hotel Gran Park onde se reuniu com autoridades políticas e produtores rurais durante a manhã.

Os manifestantes da Ong Recovê, formada por produtores rurais que buscam o diálogo e a solução dos conflitos com indígenas, se reuniram em frente à sede da Fiems, localizada na Avenida Afonso Pena, e se fizeram presentes durante a chegada do ex-presidente.

Leia a reportagem completa no site Campo Grande News:

 

Coxim Agora: Lula é recebido com vaias de produtores rurais em MS

O ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), chega à sede da Fiems (Federação das Indústrias do Estado Mato Grosso do Sul) para sua agenda em Campo Grande e é recebido com muitas vaias pelos produtores rurais do Estado. Eles levam faixas e carregam abacaxis para pressionar o petista.

De acordo com a advogada e produtora rural, Luana Ruiz, os fazendeiros pretendem dar um recado ao ex-presidente. “Os produtores rurais de Mato Grosso do Sul precisam muito, como todo e qualquer e cidadão brasileiro, da força política porque vivemos em uma sociedade organizada.

Os produtores estão aqui pra mostrar que eles estão cansados da demora do governo federal em resolver os problemas de demarcação no Estado”, afirma.

Segundo ela, os produtores estão abertos ao diálogo, mas a resposta nunca vem. Luana conta que sua mãe, a antropóloga e produtora rural, Roselina Ruiz, esteve com Lula, há oito anos, entregou diversos documentos para mostrar a situação do conflito entre fazendeiros e índios no MS e nunca obteve resposta.

Leia a reportagem completa no site Coxim Agora:

 

Blog Questão Indígena: Produtores rurais do Mato Grosso do Sul desembarcam do Governo do PT

O ex presidente Lula resolveu visitar o Mato Grosso do Sul a pedido do Senador Delcídio Amaral. Amaral pensa em se eleger governador do estado nas próximas eleições. Lula tentaria aproveitar a visita para tentar se aproximar dos produtores rurais.

Mas a Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso do Sul divulgou uma nota oficial hoje, na qual reconhece a relevância da visita de Lula ao estado, mas comunica que se manterá ausente do fórum de discussões formado para receber o ex-presidente, considerando a omissão do Governo Federal em relação ao grave problema de litígios de terras no Estado. Leia nota na íntegra, no site da Famasul.

Com 79 propriedades rurais invadidas por indígenas, inúmeras reintegrações de posse não cumpridas e a tensão constante pela ameaça de novas invasões, Mato Grosso do Sul vive um clima de insegurança no campo e um vácuo de poder que abre espaço para o desrespeito a um direto básico do cidadão: o direito de propriedade. Com a ausência, os produtores sul-mato-grossenses esperam que Lula seja porta-voz de uma realidade de indefinição que gera violência e traz prejuízos sociais e econômicos ao Estado e ao País.

Sem o apoio da Famasul, um grupo de produtores rurais afetados diretamente pela ação da Funai decidiu infernizar a visita do Lula. Os produtores organizam um bruta vaia ao ex presidente  em frente ao auditório da Federação das Indústrias.

Para quem não se lembra, a última vez que a presidente Dilma visitou o Mato Grosso do Sul experimentou a vaia dos agricultores. 

 

Blog Questão Indígena:  Questão Indígena impede aproximação do Agro ao projeto de reeleição de Dilma Rousseff

Produtores rurais de Mato Grosso do Sul não enxergam motivos para prestigiar o ex-presidente Lula e boicotam evento, nesta quarta-feira (13), em Campo Grande, capital do estado. O senador Delcídio Amaral, que pretende concorrer ao governo do Estado pelo PT, tentou articular um diálogo entre Lula e lideranças rurais, mas teve uma prova do efeito da leniência do PT em buscar soluções para a Questão Indígena no estado.

Os produtores rurais foram convidados por Delcídio para participar da agenda de Lula em Campo Grande. Entidades representativas, como a Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul) e a Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul) receberam convite especial, mas recusaram.

Com uma cópia do convite da palestra do ex-presidente em mãos, o deputado estadual Zé Teixeira (DEM) também recusou o convite de Delcídio. “Olha com quem ele está preocupado”, comentou, mostrando que os alimentos arrecadados na palestra serão doados aos índios da aldeia Porto Lindo. Os mesmos índios que invadiram e ocupam a fazenda Chaparral desde o início do mês.

Diretor-secretário da Famasul, Ruy Fachini Filho disse que a entidade também não enviará representantes. “Fomos convidados a participar, mas diante do descaso do governo com as invasões indígenas não há motivos para ir até lá”, avaliou. “Na ausência de lei, de governo, só nos resta a resistência”, completou o vice-presidente da Famasul, Nilton Pickler.

Segundo o vice-presidente da Acrissul, Jonathan Pereira Barbosa, a categoria não está preocupada com Lula. “Nosso objetivo é outro, é unir o nosso movimento e não prestigiar quem é contra”, comentou. 

 

Site h+ : Produtores boicotam visita de Lula e criticam doação de alimentos a índios

 

Produtores rurais de Mato Grosso do Sul não enxergam motivos para prestigiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e prometem boicotá-lo em evento, nesta quarta-feira (13), na Capital. Nos bastidores políticos, corre a informação de que o petista viria para o Estado com a missão de conquistar o apoio do agronegócio para fortalecer o projeto de reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT).

De acordo com publicação do Jornal a Folha de S. Paulo, a estratégia seria reforçar os laços com os produtores rurais para enfraquecer a “dobradinha” da ex-senadora Marina Silva (PSB) com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB).

Por defender regras ambientais rígidas na votação do Código Florestal, Marina não é bem vista pela classe e a intenção do PT seria ocupar esse espaço e garantir, pela primeira vez, a vitória do partido em Mato Grosso do Sul na sucessão presidencial.

Leia a reportagem na íntegra no site h+ : 

 

 

Fonte: CGNews + Blog Questão Indígena

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