Expurgo do Maranhão: Agricultora tenta atear fogo no próprio corpo ao ser expulsa de casa pela Funai
A agricultora Maria Vilma da Silva tentou atear fogo no próprio corpo como forma de protesto contra a operação de limpeza étnica da Funai numa área demarcada como indígena no Maranhão. Segundo informações da polícia, Maria Vilma se recusou a deixar a própria casa e resolveu atear fogo em seu corpo, mas foi contida e presa pela Polícia Federal por desobediência. A agricultora foi levada para a base da Polícia Federal, em São João do Caru onde foi ouvida pelo delegado federal e transferida para a sede da PF, na capital, onde tomarão as devidas providências.
O episódio fez a Secretaria Geral da Presidência da República proibir a cobertura jornalística da operação. No momento, apenas os homens do Exército, da Força Nacional, do Incra-Ma, Polícia Federal e Funai estão tendo acesso a área indígena. Vejam quem são dos planadores de maconha e "fazendeiros" que o Governo Dilma Rousseff está violentando no Maranhão:
O Governo segue com sua estratégia de desqualificar os agricultores como forma de legitimar o expurgo étnico. A agricultora, que já foi chamada de produtora de maconha por Paulo Maldos, agora é qualificada como "fazendeira".
A medida que os ocupantes deixam o território, os imóveis e toda a infraestrutura como estradas, luz, água e dentre outras instalações que propiciem condições de moradia estão sendo destruídos pelos tratores. Veja matéria da TV Mirante, afiliada da Rede Globo, sobre sobre a tentativa de suicídio da agricultora: Fazendeira é detida após se recusar a sair de terra indígena Awá-Guajá. A TV Mirante pertence ao clã Sarney e está fazenda uma cobertura chapa-branca da operação. Foi a única equipe de TV autorizada a cobrir a ação da Funai.
Veja matéria do jornal O Imparcial: Fazendeira tenta atear fogo no próprio corpo para não sair da terra indigena Awa-Guajá