Federação de agricultores repudia mortes em conflitos com índios no RS

Publicado em 29/04/2014 15:45

A Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar da Região Sul (Fetraf-Sul/CUT) divulgou nesta terça-feira (29) uma nota de repúdio sobre a morte dos dois agricultores familiares na segunda-feira (28) durante um conflito indígena. Os corpos dos homens de 27 e 42 anos foram encontrados em um milharal em Faxinalzinho, no Norte do Rio Grande do Sul. O texto condena a ação de violência.

Os agricultores foram mortos próximo à estrada que liga Erval Grande a Faxinalzinho. Segundo a Brigada Militar, eles tentaram furar um bloqueio imposto por indígenas em estradas da região para reivindicar a demarcação de terras. Os irmãos queriam abrir passagem para caminhões carregados com ração. Houve discussão, e os produtores fugiram para um milharal, onde foram alcançados pelos indígenas e mortos a golpes de facões, pauladas e tiros de espingarda.

Na nota, a entidade garante que sempre agiu para evitar os conflitos de terra. "Considerando que há mais de 10 anos a Fetraf-Sul/CUT alerta o governo estadual e federal, Ministério Público, Funai e Justiça Federal sobre a possibilidade de conflitos entre indígenas e agricultores familiares por conta de ameaças entre ambos, vimos a público condenar a ação de violência, pois, a Federação sempre teve a postura de mediar e evitar os conflitos", diz o texto.

Segundo a Fetraf, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, era aguardado para negociações no local. "A situação chegou ao ponto extremo por irresponsabilidade do governo federal e do Ministério da Justiça ao tratar dos conflitos agrários entre os agricultores familiares e comunidade indígena. Se o problema não for resolvido com urgência, há possibilidade de novos conflitos", ressalta o documento.

A entidade alerta também para a possibilidade de novos conflitos nas áreas dos municípios de Getúlio Vargas (RS), Saudades (SC), Abelardo Luz (SC), Seara (SC) e Sananduva (RS), "onde indígenas ocuparam o salão da comunidade Bom Conselho". O G1 tenta contato com a assessoria do Ministério da Justiça.

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Fonte:
G1 RS

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