Funai anuncia mais uma Terra Indígena no Mato Grosso

Publicado em 25/08/2014 17:49

Funai anuncia mais uma Terra Indígena no Mato Grosso

A Funai publicou esta semana a portaria nº 968 que constitui um grupo técnico para realizar estudos antropológicos com o objetivo de demarcar mais uma área reivindicada como terra indígena (TI). A área está localizada nos municípios de Santa Cruz do Xingu, Vila Rica e São Félix do Xingu e é denominada Kapôt Nhinore das etnias Kayapó e Juruna. A nova área implica na ampliação de um complexo de terras indígenas que vai do norte do Mato Grosso ao centro do Pará e cobre quase 12 milhões de hectares. É importante que os sindicatos rurais, os produtores rurais e as associações dos produtores dos municípios envolvidos reivindiquem para que as prefeituras acompanhem todo o trabalho da Funai, com o objetivo de não deixar que ocorram vícios no processo, o que pode causar prejuízo aos produtores e à economia da região.

 

Marãiwatsédé em chamas: Satélites continuam mostrando queimadas na área da antiga Fazenda Suiá-Missu

A última imagem de satélite disponível para a área da antiga fazenda Suiá-Missu, demarcada pela Funai como Terra Indígena Maraiwatsédé, continua expondo dos incêndios na reserva sob responsabilidade da fundação e dos índios xavante. Quase 100 mil, dos 165 mil hectares da reserva já foram inteiramente calcinados. Mais de 2000 focos de incêndio já foram registrados pelo sistema de monitoramento de queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais.

A sequência de imagens do satélite LandSat-8, da Nasa, mostra claramente a evolução dos incêndios entre os 18 de maio, quando surgiram os primeiros focos, até o último dia 22 de agosto, data da última imagem de satélite disponível.
 

Situação em 18 de maio de 2014

 

Situação em 5 de julho de 2014

 

Situação em 21 de julho de 2014

 

Situação em 6 de agosto de 2014

 

Situação em 22 de agosto de 2014

 

 

É de impressionar o silêncio das autoridades e, principalmente da Funai, sobre essas queimadas. Desde a operação de desintrusão no final de 2012, a área é vigiada por agentes da Polícia Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança. Há funcionários de ONGs, técnicos da Funai e brigadistas do Prevfogo, constantemente na região. Ninguém abre a boca para se manifestar sobre o assunto.

Fonte: Questão Indígena

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