Em Chicago, soja em forte alta nesta terça devido à estiagem

Publicado em 27/12/2011 12:51 e atualizado em 27/12/2011 14:18
Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago operam em alta nesta terça-feira (27). O mercado, que há três dias não estava negociando por conta do Natal, segue buscando suporte no clima adverso da América do Sul. As preocupações com a colheita sul-americana, depois de chuvas decepcionantes no Dia de Natal, acabam dando sustentação aos preços em Chicago uma vez que podem sinalizar uma maior demanda pela oleaginosa norte-americana.

Por volta das 15 horas, o bushel da soja subia 30 cents acima das cotações de abertura do pregão regular desta tarde de terça-feira. É uma subida forte, e, segundo analistas, a quebra na produtividade implica numa perda de produção e de redução nos estoques mundiais, que já estão baixos.

Como o dólar no Brasil está com cotação também em leve alta (R$ 1,86), os níveis dos preços recomendam ao agricultor que esta tarde seria um bom momento de fixar (vender) algum volume que ainda se encontra em suas mãos (tanto no disponivel - na fazenda - ou nos silos das cooperativas). Todavia, como a alta de hoje mostra que haverá sequencia (raly), também recomenda-se aguardar um pouco mais, para quem logicamente puder esperar...


Segundo a meteorologia, importantes regiões produtoras no Brasil, na Argentina e também no Paraguai sofrem com a forte seca, que já compromete o rendimento das lavouras e o potencial das safras. A previsão para os próximos dias é de continuidade do tempo seco. 

O mercado do milho também sente os efeitos da seca na América do Sul, uma vez que o clima adverso afeta as plantações no Brasil e na Argentina. Por conta disso, as cotações do cereal também registravam um dia positivo na CBOT., com mais de 10 cents de alta por bushel. No trigo o alta é semelhante, com mais de 20 pontos em todos os principais vencimentos negociados em Chicago. A subida do milhoe trigo seguem a arrancada da soja.

Segundo analistas, as recentes chuvas que chegaram a regiões produtoras do Sul Brasil e da Argentina foram insuficientes para atender as necessidades das lavouras e já preocupa os produtores.

Também produtores do Paraná e Mato Grosso do Sul continuam enviando relatos à redação do Notícias Agrícolas, demonstrando desespero com a seca sobre a safra de verão. É o segundo ano de atividade do fenômeno La Niña prejudicando a safra sul-americana. Ano passado, também nesta mesma época do ano, as chuvas concentraram-se por longo periodo sobre o centro-oeste (principalmente sobre o norte do Mato Grosso), e ficaram ausentes até meados de março no Sul do País.

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Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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