Seca na América do Sul persiste e grãos têm forte alta na CBOT

Publicado em 30/12/2011 13:48
No último pregão de 2011, o mercado internacional de grãos opera com fortes altas na Bolsa de Chicago. A soja é a que exibe ganhos mais expressivos. Por volta das 14h15 (horário de Brasília), os principais vencimentos da oleaginosa já trabalhavam com altas de dois dígitos, subindo mais de 10 pontos. O milho e o trigo também operavam em campo positivo.

O suporte para o mercado continua sendo o clima seco e quente na América do Sul. As lavouras, principalmente de soja e milho, seguem sofrendo com a estiagem que impacta várias regiões produtoras na Argentina, no Brasil e também no Paraguai. 

No Rio Grande do Sul, a Emater já estima perdas de até 40% nas culturas de verão. Nas lavouras gaúchas, as culturas mais afetadas são o feijão e o milho. No Paraná, cerca de 30% de dois terços da produção estão suscetíveis a perdas. 

A falta de chuvas que castiga a produção sulamericana de grãos é reflexo do fenômeno climático La Niña, o qual deve se estender até janeiro. Por conta disso, representantes do agronegócio dos estados da região Sul do Brasil disseram que as perdas causadas pela seca só poderão ser precisadas nas primeiras semanas do próximo mês. 

Diante dessas previsões da continuidade de condições climáticas desfavoráveis, os traders do mercado do milho aumentaram suas apostas de preços em alta em uma quinta semana consecutiva. 
De 25 negociadores ouvidos pela agência internacional Bloomberg, 19 deles acreditam que, na próxima semana, a primeira de 2012, seja de novas altas. 

Mercado - Além do clima adverso, o posicionamento de carteiras frente ao final do ano também dá algum suporte ao mercado. No entanto, trata-se de uma sessão marcada pelo pouco volume de negócios. Na próxima segunda-feira, dia 2 de janeiro, a Bolsa de Chicago não opera por conta do feriado. 

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Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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