CBOT: Soja opera com volatilidade nesta segunda-feira
Publicado em 27/02/2012 08:53
e atualizado em 27/02/2012 09:35
A semana começou com o mercado da soja em Chicago operando com volatilidade. Nesta segunda-feira, os preços da oleaginosa trabalhavamm em campo positivo no pregão noturno, por volta das 9h (horário de Brasília), e, de acordo com analistas ouvidos pela agência internacional Bloomberg, o suporte para as cotações ainda vem da demanda.
Porém, por volta das 9h15, as cotações passaram para o campo negativo. A influência negativa para os preços vem do mercado financeiro negativo nesta segunda-feira. Hoje, as principais bolsas de valores seguem recuando ao redor do mundo, com os agentes mantendo sua cautela em relação ao futuro da economia mundial, principalmente com a questão da dívida europeia.
O movimento acaba estimulando a alta do dólar, que pressiona as cotações das commodities no mercado internacional.
Na última sexta-feira (24), o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulgou seu relatório de registro de exportações e reportou uma expressiva melhora nas vendas semanais de soja, o que estaria provocando uma severa redução nos estoques norte-americanos.
Na semana encerrada no dia 16 de fevereiro, as exportações dos EUA somaram, entre as safras 11/12 e 12/13, 4.03 milhões de toneladas, ante as 546.243 mil toneladas da semana anterior. Além disso, o USDA ainda informou, em seu Fórum Anual, que os estoques da oleaginosa na temporada 2012/13 poderão cair para 5,58 milhões de toneladas frente as 7,48 milhões do ciclo anterior.
"Estoques nestes níveis devem continuar a dar sustentação para os preços da oleaginosa", disse o analista de commodities do Commonwealth Bank da Austrália, Luke Matthews.
Já para o milho e para o trigo, a semana começa negativa. Ainda de acordo com a Bloomberg, os futuros dos grãos recuam diante das expectativas de maiores estoques das commodities norte-americano para a safra 2012/13.
Para Matthews, caso os números divulgados pelo USDA no fórum da última semana se confirmarem, "os preços dos grãos podem registrar um forte declínio durante este ano".
Por: Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas