Rondônia apresenta alto potencial para produção de soja

Publicado em 20/03/2012 13:44
O pesquisador da Embrapa em Rondônia, engenheiro agrônomo Vicente Godinho, declarou no último dia 15, durante um dia de campo no município de Ariquemes, que o Estado “possui uma área potencial entre um milhão e dois milhões de hectares de terras aptas a produção de soja livre não transgênica”. Essa oleaginosa desenvolvida em Rondônia e adaptada ao clima da região, apresenta excelente produtividade.

Com mapas e gráficos o pesquisador e sua equipe revelaram para uma plateia de mais de 100 pessoas entre estudantes e produtores rurais que partindo do município de Presidente Médici, no centro norte do Estado ao longo da BR 364, até Guajará-Mirim, as áreas antropizadas (desmatadas e ocupadas) apresentam excelentes condições para a produção de soja, milho e arroz, no sistema de rotatividade destas culturas.

Áreas degradadas

O mesmo estudo mostra que Rondônia possui entre seis e sete milhões de hectares de terras em processo de degradação. No entanto, grandes partes destas áreas apresentam condições de recuperação por meio de manejo adequado, curva de nível e cultivo de uma das 18 cultivares de soja livre desenvolvida pela Embrapa. 

A produção de soja na safra 2010-2011, no Estado foi de 419.522 toneladas, movimentando R$ 274 milhões segundo o IBGE. A safra 2011-2012 está sendo colhida. No entanto, com as cultivares de soja não transgênica a produção pode triplicar em curto espaço de tempo. Em Mato grosso e no Rio Grande do Sul, por exemplo, a produção média gira em torno de 2.500 quilos por hectare de lavoura cultivada. Em Rondônia um hectare de soja produz em média 3.125 quilos.

Vicente Godinho enfatiza que, a soja entra como um componente importante para viabilidade econômica na recuperação de áreas e pastagens degradadas, participando na rotação com outras culturas. Ele lembra que estrutura agrária de Rondônia não apresenta propriedades extensas com áreas para a produção de Soja, mas tem um perfil fundiário semelhante ao Rio Grande do Sul, com pequenas e médias propriedades.

Vale salientar que o Rio Grande do Sul, praticamente com a mesma extensão territorial do Estado de Rondônia, é responsável por 25% da produção de grãos do País, com manejo e aproveitamento correto do solo, conforme preconizam os estudos realizados pelos técnicos da Embrapa. Na verdade, trabalhando desde 1982 no desenvolvimento da tecnologia da soja em Rondônia, as pesquisas da Embrapa não deixam nada a desejar no que diz respeito ao aproveitamento racional desta oleaginosa no Estado.

O Estado só tem a ganhar

No ponto de vista de Samuel Oliveira, engenheiro agrônomo, chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa, o “Estado vai produzir mais, em menos áreas, diminuindo o desmatamento, agregando outros valores na economia e preservando o meio-ambiente.” As 18 cultivares desenvolvidas aqui regeneram o solo recompondo os nutrientes naturais.

A oleaginosa não transgênica produzida em Rondônia, terá ótima aceitação no mercado internacional, avaliam os técnicos da Embrapa. “Somos um Estado de fronteira, a ideia e aumentar a produtividade agregando outros valores”, diz Samuel Oliveira.

“Com a soja livre o Estado só tem a ganhar. Os grandes frigoríficos continuarão exportando sua carne e os laticínios comercializando industrializando seu leite. O lado altamente positivo deste processo reside na recuperação de grandes áreas que estão em processo de degradação, uma das preocupações do governador Confúcio Moura e do secretário de Agricultura Anselmo de Jesus”, resume Samuel Oliveira.
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Fonte:
Governo do Estado do RO

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