Em Tangará da Serra uma parceria entre produtores e indígenas tem trazido bons resultados

Publicado em 02/04/2012 10:02 e atualizado em 02/04/2012 15:34
Para conhecer a realidade de uma parceria entre produtores rurais e indígenas, o presidente da Aprosoja, Carlos Fávaro, visitou no sábado (31) a aldeia Sacre Zero, da etnia pareci, em Tangará da Serra. Lá, o produtor rural Luiz Ciarini arrendou 1 mil hectare de terra indígena há oito anos, com autorização da Fundação Nacional do Índio (Funai) e Ministério Público.

Depois de tantos anos, a vida dos indígenas do local já se modificou. Com o dinheiro do arrendamento adquiriram diversos bens que beneficiaram a tribo. “Compramos um veículo para levar aposentados e estudantes para a cidade e investimos na educação. Já temos muitos índios cursando faculdade”, explicou Dinaldo Pareci, o indígena responsável por discutir essas parcerias.

O grande impasse agora é a renovação do contrato de arrendamento. Os indígenas já sinalizaram que querem continuar com esta parceria e ir além, buscando qualificação para trabalhar na lavoura. Atualmente, alguns índios já trabalham como tratoristas e em outros serviços necessários para o cultivo da soja. “Verificamos que é interesse dos índios continuar com a parceria. Nosso trabalho aqui é ajuda-los com a transferência de informação e tecnologia para que eles aprendam como trabalhar o solo, gerando oportunidades para os moradores da comunidade”, explicou o presidente da Aprosoja, Carlos Fávaro.

LOGÍSTICA - Para chegar à aldeia Sacre Zero é preciso rodar cerca de 50 quilômetros por uma rodovia estadual, a MT-358. Mas a estrada ainda está longe de ser ideal para caminhões e carros trafegarem com segurança. Que o diga o caminhoneiro Aparecido Boin, que ficou cinco dias parado em um atoleiro. “É um absurdo ficar cinco dias parado em uma estrada como essa. Pagamos impostos, IPVA do caminhão, e não vemos este dinheiro aplicado para a melhoria da logística”, afirmou, indignado, o caminhoneiro.

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Fonte: Aprosoja

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