Grãos: Mercado foca quebra nos EUA, mas opera com volatilidade

Publicado em 14/08/2012 11:37
Os futuros dos grãos negociados na Bolsa de Chicago voltaram a subir nesta terça-feira (14) depois da intensa realização de lucros registrada na sessão de ontem. No mercado da soja, os ganhos chegaram a superar os 15 pontos, já o miho e o trigo têm ganhos menos significativos. Porém, logo o milho passou para o campo misto, o trigo para o negativo e a soja já operava com altas menores. Os negócios caminham com volatilidade. 

No pregão de hoje, os preços buscam uma recuperação depois dos números divulgados no final desta segunda-feira (13) pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) sobre as condições das lavouras norte-americanas. Porém, o avanço não é consistente. 
 
O mercado esperava uma recuperação de cerca de 2% no índice de plantações de soja em boas ou excelentes condições, o que não aconteceu. O aumento foi de apenas 1% - passando de 29 para 30% - e os traders, portanto, voltaram a focar na adversidade climática pela qual passa os Estados Unidos. 

A estiagem continua comprometendo a nova safra de grãos do país e analistas já afirmam que as recentes chuvas que chegaram às lavouras não foram capazes de amenizar as perdas. No caso do milho, as plantações em situação ruim passaram de 50 para 51%. 

"A melhoria das condições das colheitas ainda é muito pequena e não muda a perspectiva preocupante de uma oferta mundial muito ajustada", disse Luke Mathews, analista de commodities do Commonwealth Bank of Austrália. 

Tags:

Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Greve na Argentina direciona importador de farelo e óleo de soja ao Brasil, diz Cepea
Prêmios da soja começam a subir e produtor tem bom momento para travas pensando na safra 24/25, diz analista
Preços da soja sobem em Chicago nesta 6ª feira, acompanhando demais commodities
Prêmios da soja disparam na primeira quinzena de maio, atingem maior patamar do ano e sinalizam oferta mais curta no Brasil
Colheita de soja do RS atinge 85% da área; Emater vê "drástica" redução na qualidade