Moratória da Soja: resultados do monitoramento reiteram que a soja não tem sido um fator importante de desmatamento na Amazônia

Publicado em 05/09/2012 10:21
A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (ABIOVE) divulga hoje os resultados do 5º ano do monitoramento do plantio de soja no bioma Amazônia. O relatório completo, disponível no site da ABIOVE - https://www.abiove.com.br/site/_FILES/Portugues/28082012-150705-moratoria_soja_5ano_2012.pdf-, é assinado por Bernardo Rudorff, coordenador técnico do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Carlo Lovatelli, presidente da ABIOVE, e Izabel Cecarelli, diretora da Geoambiente.

Soja não é vetor relevante no desflorestamento - O relatório revela mais uma vez que a soja não é um vetor relevante no desflorestamento do bioma Amazônia. A partir do monitoramento com o uso de imagens de satélites dos desflorestamentos realizados desde o início da Moratória da Soja, em 2006, para detecção de possível cultivo de soja e posterior validação por meio de sobrevoo, identificou-se a presença de soja em 18.410 hectares (ha) desflorestados. No período avaliado (2006-2011), foram desflorestados 4,51 milhões de ha em todo o bioma Amazônia, dos quais 3,47 milhões de ha (77%) se encontram nos três estados monitorados – Mato Grosso, Pará e Rondônia. Os 58 municípios monitorados são bem representativos, pois respondem por 98% da área plantada com soja no bioma Amazônia.

De acordo com o relatório, a área de soja corresponde a 0,41% de todo o desflorestamento, ou 0,53% do total aberto nos três estados produtores de soja.

Compromisso cumprido - A Moratória da Soja completou cinco anos de trabalho árduo pela conciliação entre a produção de alimentos e a conservação do meio ambiente. As indústrias e os exportadores associados à ABIOVE e à ANEC – Associação Nacional dos Exportadores de Cereais cumpriram por mais um ano o compromisso de não adquirir soja oriunda de áreas desflorestadas no bioma Amazônia. As empresas participantes da Moratória são auditadas anualmente sob a supervisão das organizações da sociedade civil para comprovarem que honraram o compromisso.

5 anos de parceria com a sociedade civil - O Grupo de Trabalho da Soja (GTS), formado originalmente pela ABIOVE e ANEC, empresas associadas a essas duas entidades e por organizações da sociedade civil - Conservação Internacional, Greenpeace, IPAM, TNC e WWF-Brasil -, conquistou a adesão do Ministério do Meio Ambiente (MMA) e do Banco do Brasil ao longo do processo.

O GTS ganhou uma importante contribuição técnico-científica com a participação do INPE – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, para detectar a presença de culturas agrícolas em áreas desflorestadas a partir da interpretação de imagens de satélites.

As informações utilizadas no monitoramento tiveram como contribuição, também, as bases de dados da FUNAI, do IBAMA, IBGE e IMAZON.

Sobrevoos e identificação de áreas pré-selecionadas - A empresa Geoambiente Sensoriamento Remoto Ltda. foi contratada para sobrevoar e identificar as áreas selecionadas previamente pelo INPE. Para consolidar as informações do sobrevoo, também foram realizadas visitas a todas as propriedades rurais com presença de cultivo de soja.

Alta confiabilidade - O monitoramento da Moratória proporcionou o desenvolvimento de uma metodologia específica de alta confiabilidade na identificação e no mapeamento do plantio de soja em áreas desflorestadas.

Processo cuidadoso – O processo cuidadoso de análise das imagens de satélites, o sobrevoo com registros fotográficos e a identificação no campo da propriedade rural permitem às empresas participantes da Moratória da Soja o cumprimento do compromisso de não adquirir soja de áreas desflorestadas no bioma Amazônia.
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Fonte:
Abiove

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