Soja despenca em Chicago e opera próxima do limite de baixa
Publicado em 17/09/2012 15:09
e atualizado em 17/09/2012 15:58
A soja está despencando na Bolsa de Chica nesta segunda-feira (17). Os principais vencimentos já chegaram a operar no limite de baixa e, por volta das 14h40 (horário de Brasília), trabalhavam com perdas próximas dos 70 pontos. O milho e o trigo também trabalham com baixas bastante expressivas, de mais de 28 e mais de 30 pontos, respectivamente.
Analistas afirmam que esse expressivo recuo registrado pelo mercado é mais uma forte realização de lucros aliada à pressão sazonal que chega ao mercado em decorrência do avanço da colheita nos Estados Unidos e a entrada da safra norte-americana.
Nas últimas sessões, o mercado registrou significativas altas depois da divulgação do último relatório mensal de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) que apontou uma redução nas estimativas para a produção e produtividade para a soja e também para o milho no país. Além disso, na semana passada, o presidente do Federal Reserve - o banco central norte-americano - Ben Bernanke, anunciou uma nova injeção de capital no sistema econômico dos EUA e isso contribuiu para a euforia registrada pelos mercados.
Passada essa euforia, o mercado faz uma pausa para retomar seu fôlego e corrigir os preços depois do avanço expressivo. "O volume é altíssimo, há muitos fundos realizando. A área de US$ 16,75/bushel era muito visada por grande número de participantes. O próximo "alvo" pode ser o US$ 16,50 - US$ 16,40 se houver mais liquidação", disse Pedro Dejneka, analista de mercado da PHDerivativos.
Além dessa realização de lucros e mais a preessão da colheita nos EUA, o momento de uma demanda menos aquecida atua como catalisador das baixas registradas nesta segunda-feira, bem como expectativas de uma melhora no clima da América do Sul para o início do plantio.
No entanto, os fundamentos permanecem os mesmos e positivos. O significativo recuo desta sessão, que pode se estender por mais alguns pregões, poderá até mesmo voltar a estimular a demanda a retomar seu ritmo acelerado. "Esta baixa sinaliza uma excelente oportunidade de compra para uma indústria que neste momento precisa de soja", disse Dejneka.
Por: Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas