União Europeia aumenta importações de soja do Canadá, Ucrânia e dos EUA, diz Oil World

Publicado em 05/12/2012 13:57
A oferta restrita de soja no mercado devido às quebras das safras na América do Sul no começo de 2012 ocasionou uma redução expressiva nos volumes de oleaginosa exportados, segundo informou a consultoria Oil World. 

A projeção é que o Brasil, um dos mais importantes abastecedores da Europa, embarque apenas 300 mil toneladas de soja no mês de novembro para todos os destinos. Em comparação com o mesmo período de 2011, o número era de 1,76 milhão de toneladas. 

Em setembro desse ano, as cotações da oleaginosa alcançaram patamares recordes com US$ 17,9475 por bushel na Bolsa de Mercadorias de Chicago. Na época, o fator que contribuiu para essa elevação foi a forte estiagem nos EUA, que prejudicou as condições das lavouras de soja e milho norte-americanas. Além disso, as baixas nas produções sulamericanas colaboraram para a formação desse cenário.  

Em decorrência desse quadro, a tendência é que os estoques mundiais permaneçam apertados até a entrada da safra da América do Sul no começo de 2013. A Oil World destaca que as esmagadoras de soja na União Europeia elevaram, recentemente, duas compras nos EUA, Ucrânia e Canadá com o objetivo de equilibrar a escassez da soja sulamericana.

As embarcações norte-americanas de soja na temporada 2012/13 somaram até o último dia 22 de novembro, 1,03 milhão de toneladas. Um número bastante elevado em relação ao mesmo período do ano passado, que foi de 200 mil de toneladas.

Ainda de acordo com a consultoria, a UE precisará comprar mais soja dos EUA nas próximas semanas para suprir a necessidade da primeira metade da temporada. A Ucrânia também deve se tornar um fornecedor haja vista que com uma safra maior, o país tende a elevar os volumes exportados. 

Somente em setembro/outubro 2012 a Ucrânia exportou 108 mil toneladas de soja para a União Europeia, frente as 34 mil toneladas embarcadas em igual período de 2011. Os importadores da UE também estão se voltando para o mercado do Canadá, porém enfrentam uma grande competição dos compradores da China.

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Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

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