Chicago: Soja observa clima na América do Sul e opera com volatilidade
Publicado em 28/01/2013 09:17
O mercado internacional de grãos iniciou mais uma semana operando com volatilidade na Bolsa de Chicago. O principal foco dos investidores ainda é o andamento do clima na América do SUl e os negócios vem se direcionando a cada nova previsão climática. Entretanto, ainda há muita incerteza sobre o real impacto das condições climáticas na produção do Brasil e da Argentina, o que faz com que as operações permaneçam voláteis.
Nos últimos 10 dias, os futuros da soja registraram importantes ganhos diante de um clima desfavorável em importantes regiões produtoras sulamericanas e ao longo da última semana foram realizando lucros, devolvendo parte das altas. Entretanto, o recuo foi potencializado diante de informações de chuvas sendo registradas na Argentina.
Porém, as precipitações foram relatadas como insuficientes e o mercado voltou a se recuperar. Na manhã desta segunda-feira, por volta das 9h (horário de Brasília), os principais vencimentos já operavam com altas de pouco mais de 4 pontos. Porém, confirmando a volatilidade, as posições já passaram novamente para o campo misto, as mais próximas ainda do lado positivo da tabela e as mais distantes já no vermelho, mas com perdas bem pouco expressivas.
"As primeiras indicações são de que as chuvas no Rio Grande do Sul e na Argentina foram muito pequenas para as lavouras que estão de 20 a 30 dias sem receber boas chuvas e o mercado começou a olhar para isso como um fator positivo para essa semana. Se não voltar a chover, o mercado volta a crescer em cima do fator clima aqui na América do Sul", diz Vlamir Brandalizze, consultor da Brandalizze Consulting.
O mercado da soja em Chicago conta ainda com a sustentação vinda do lado da demanda. A procura mundial por soja mantém seu ritmo aquecido e a única oferta disponíevl nesse momento é a norte-americana. As exportações de soja dos EUA registram seu mais aquecido ritmo de todos os tempos e esse acaba sendo, portanto, mais um fator de suporte para os preços no curto prazo, segundo os analistas.
Por: Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas