Em janeiro, IBGE prevê safra de grãos 13,1% maior que a safra obtida em 2012

Publicado em 07/02/2013 10:15
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A primeira estimativa da safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas (caroço de algodão, amendoim, arroz, feijão, mamona, milho, soja, aveia, centeio, cevada, girassol, sorgo, trigo e triticale) para 2013 totaliza produção da ordem de 183,3 milhões de toneladas, 13,1 % superior à obtida em 2012 (162,1 milhões de toneladas). A área plantada em 2013, de 53,0 milhões de hectares, apresenta acréscimo de 8,4% frente à área colhida em 2012 (48,8 milhões de hectares). As três principais culturas (arroz, milho e soja), que, somadas, representam 92,2% da estimativa da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas, respondem por 85,2% da área a ser colhida. Em relação ao ano anterior houve acréscimos, na área, de 1,3%, para o arroz, de 8,2% para o milho e de 9,7% para a soja. No que se refere à produção, os acréscimos foram de 5,3% para o arroz, de 3,8% para o milho e de 26,3% para a soja, quando comparados a 2012.

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Entre as Grandes Regiões, o volume da produção destes grãos apresenta a seguinte distribuição: Centro-Oeste, 72,0 milhões de toneladas; Sul, 71,2 milhões de toneladas; Sudeste, 19,2 milhões de toneladas; Nordeste, 16,7 milhões de toneladas e Norte, 4,3 milhões de toneladas. Comparativamente à safra passada, são constatados incrementos nas Regiões Nordeste, de 39,8%, Sul, de 28,3%, Centro-Oeste, de 1,7% e Sudeste, de 0,1% e decréscimo Região Norte, de 9,4%. Entre as Unidades da Federação, Mato Grosso lidera como maior produtor nacional de grãos, com uma participação de 23,4%, seguido pelo Paraná, com 20,2 % e Rio Grande do Sul, com 15,0%, estados que, juntos, representam 58,8% do total produzido pelo país.

Estimativa de janeiro em relação à produção obtida em 2012

Dentre os 26 produtos selecionados, 19 apresentam variação positiva na estimativa de produção em relação ao ano anterior: amendoim em casca 2ª.safra (20,6%), arroz em casca (5,3%), aveia em grão (0,7%), batata-inglesa 1ª safra (4,8%), batata-inglesa 2ª safra (1,5%), batata-inglesa 3ª safra (18,6%), café em grão - canephora (2,3%), cana-de-açúcar (6,0%), cevada em grão (22,9%), feijão em grão 1ª safra (41,8%), feijão em grão 2ª safra (17,5%), feijão em grão 3ª safra (32,3%), mamona em baga (251,8%), mandioca (5,6%), milho em grão 1ª safra (9,0%), soja em grão (26,3%), sorgo em grão (2,0%), trigo em grão (11,5%) e triticale em grão (4,3%). Com variação negativa são 7 produtos: algodão herbáceo em caroço (26,8%), amendoim em casca 1ª safra (10,2%), cacau em amêndoa (5,3%), café em grão-arábica (9,1%), cebola (3,1%), laranja (3,0%) e milho em grão 2ª safra (0,7%).

Algodão herbáceo (em caroço) - A expectativa de produção em 2013 é de 3.633.833 toneladas, indicando queda de 26,8% em comparação ao ano anterior. A área plantada (1.010.078 hectares) diminui 28,8%, resultado da ocupação das áreas pela soja. O Mato Grosso e a Bahia, principais produtores, apresentam participação de 52,4% e 29,4%, respectivamente. Mato Grosso estima redução de área plantada de 28,5% e queda na produção de 32,2%, enquanto a Bahia prevê redução de área de 29,5% e queda de 15,2% na produção.

Arroz (em casca) - A estimativa da área plantada é de 2.401.538 hectares, superior 0,1% à safra anterior. A produção esperada de 11.977.725 toneladas e o rendimento médio esperado de 4.988 Kg/ha estão maiores, respectivamente, em 5,3% e 3,9%, comparados à safra anterior. O Rio Grande do Sul, maior produtor, com 67,0% da produção nacional do grão, estima produzir 8.026.200 toneladas, numa área a ser colhida de 1.065.995 hectares e rendimento médio de 7.529 kg/há, informações superiores ao ano anterior em 4,3%, 2,6%, e 1,7%, respectivamente. Recuperação dos preços com relação à safra anterior, e prognóstico de tempo seco em janeiro e fevereiro respondem pelo quadro. O rendimento esperado para a atual safra, de 7.529 kg/ha, é o segundo maior da história, atrás apenas do obtido na safra 2010, de 7.648 kg/ha.

Feijão (em grão) - A produção estimada é de cerca de 3,7 milhões de toneladas, 30,6% maior que a de 2012. Registra-se uma área plantada de 3,5 milhões de hectares, maior 10,1% que a de 2012. Os maiores produtores são Paraná, Minas Gerais e Goiás, com 20,8%, 17,2% e 13,3%, respectivamente, de participação nacional. O Paraná reduziu sua área de plantio em 7,2%, mas com aumento previsto no rendimento médio, de 22,1%, a estimativa de produção é 13,3% maior que a de 2012 (767.596 toneladas).

A 1ª safra nacional de feijão, estimada em 1,7 milhões de toneladas, mostra crescimento de 41,8%, frente à produção de 2012. Este resultado é reflexo do aumento de 10,4% na área plantada e de 6,0% no rendimento médio. Os maiores produtores são Paraná (19,2%), Ceará (14,1%) e Minas Gerais (12,6%).

Milho (em grão)– Espera-se uma produção recorde de 74,2 milhões de toneladas (36,1 milhões de toneladas de milho 1ª safra e 38,1 milhões de toneladas de milho 2ª safra). A perspectiva para 2013 é que a 2ª safra de milho seja superior à 1ª com participação de 51,3% daquela contra 48,7% desta, tal como em 2012, primeiro ano da história em que a 2ª safra superou a 1ª.

A 1ª safra de milho ainda se encontra em campo e tem perspectiva de produtividade, em média 2,0% maior que 2012, reflexo das boas condições climáticas e do maior investimento em tecnologia. A área plantada estimada é de 7.483.428 hectares, 1,9% menor que a de 2012; a área colhida deve crescer 6,9% e a produção 9,0%. Em relação a 2012, a produção aumentou consideravelmente, devido ao aumento do rendimento, em decorrência das boas condições do clima e de maior investimento em tecnologia.

A 2ª safra de milho segue maior que a 1ª, com estimativa de produção de 38,1 milhões de toneladas, 0,7% de decréscimo em relação à mesma safra de 2012. A área plantada e colhida é estimada em 7.930.152 hectares, com aumentos de 7,3% e 9,5%, respectivamente, em comparação ao ano anterior. O rendimento apresenta queda de 9,3% (4.799 kg/ha), demonstrando cautela dos informantes que não acreditam em condições climáticas tão boas quanto em 2012.

Soja (em grão) - A estimativa da safra é de 82.953.874 toneladas (aumento de 26,3% em relação a 2012). A área colhida cresceu 9,7%, (27.365.292 hectares), e o rendimento médio esperado é de 3.031 kg/ha, num crescimento de 15,0%. Em 2012, a produção mundial de soja sofreu forte queda em decorrência de problemas climáticos em países como Estados Unidos, Argentina e Brasil, reduzindo os estoques mundiais; os preços da commodity subiram e aumentarm os investimentos em tecnologia e insumos. A produção da soja deve crescer 60,9% na Região Sul (mais 99,3% no Rio Grande do Sul, 51,1% em Santa Catarina e 41,0% no Paraná), o que, em parte, reflete recuperação da produção. No Centro-Oeste, o crescimento esperado da produção é de 13,5% (Mato Grosso espera produzir 24,4 milhões, Goiás, 9,2 milhões e Mato Grosso do Sul, 5,9 milhões de toneladas). Embora o preço da saca de soja tenha caído 15% nos dois últimos meses, o valor recebido pelo produtor ainda fica em torno de 40% superior ao praticado em 2011.

Café total (em grão) – A estimativa de janeiro para a safra nacional a ser colhida, em 2013, totaliza 2.870.969 toneladas, 47,8 milhões de sacas de 60kg de café em grãos beneficiados, consideradas as duas espécies em conjunto (arábica e canephora).

Café Arábica (em grão) - Para o arábica, que representa mais de 73,0% do total de café colhido no país, o decréscimo de produção em relação a 2012 é de 9,1%. O Brasil deve produzir 2.096.347 toneladas do grão, o que equivale a 34,9 milhões de sacas de 60 kg. A área destinada à colheita é de 1.595.883 hectares, 0,5% superior à área colhida no ano passado. A área total ocupada com a cultura em todos os estágios de desenvolvimento cresce 0,1 % no país. O decréscimo previsto na produção em relação à safra colhida em 2012, é consequência, principalmente, da alternância entre anos de altas e baixas produtividades. Os custos de produção elevados e problemas com mão de obra pesaram bastante em 2012 e podem influenciar negativamente a safra de 2013. Minas Gerais, o 1º produtor brasileiro de café arábica, aponta decréscimo de 8,4% na produção esperada, de 1.445.979 toneladas (24,1 milhões de sacas de 60 kg), o que representa 69,0% do total de arábica estimado para o país. A área a ser colhida deve ficar em 1.025.133 ha (mais 0,8%), e o rendimento médio diminui 9,1%, o que será reavaliado nos próximos levantamentos.

Café Canephora (em grão) – A produção estimada é de 774.622 toneladas (12,9 milhões de sacas), 2,3% maior que a de 2012, em área a ser colhida de 502.094 hectares. (área total ocupada de 560.889 hectares.) O maior produtor nacional de canephora, Espírito Santo, deve produzir, em 2013, 79,8% da produção brasileira desta espécie, estimada inicialmente em 618.470 toneladas (10,3 milhões de sacas). O aumento da produção, em relação a 2012, está calculado em 5,0% e o rendimento médio previsto é de 2.109 kg/ha (35,5 sacas/ha), 6,6% maior que no ano passado. A irrigação no norte do estado já é empregada em quase 80,0% da área cultivada com esta espécie de café, o que contribui para a obtenção de rendimentos médios cada vez mais altos.

Cana-de-açúcar - A produção nacional está estimada em 715 333 588 toneladas, com crescimento de 6,0% em relação ao ano anterior, o que se deve, exclusivamente, ao melhor rendimento esperado para 2013 (76 947 kg/há, 7,4% superior ao apurado no ano passado), já que a lavoura foi bastante atingida pela falta de chuva em 2012. O aumento da safra deste ano será importante para a recuperação do setor, que ainda sente os efeitos da crise mundial. Além disso, o reajuste no preço da gasolina proporciona maior competitividade ao álcool hidratado para os carros bicombustíveis; o governo também anunciou aumento do álcool anidro na gasolina, que passou de 20% para 25%, a partir de maio. Em relação ao açúcar, o aumento da oferta mundial reduziu os preços no mercado externo, o que pode influenciar no destino dado à produção. São Paulo continua sendo o maior produtor nacional, sendo responsável por 53,5% da produção, que deve alcançar 382,9 milhões de toneladas. O rendimento médio deve crescer 13,0%, contra uma redução esperada de 4,6% na área destinada à colheita, devido às dificuldades climáticas e econômicas enfrentadas pelo setor nos últimos dois anos. Em Minas Gerais, o crescimento da produção (7,1%) ocorre em função da maior área a ser colhida (9,2%), em razão do surgimento de novas usinas no estado nos últimos três anos. No Paraná, o crescimento da estimativa da produção é de 12,7%, refletindo a expectativa de melhoria da produtividade, em função das condições climáticas.
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Fonte:
IBGE

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