CBOT: Soja se aproxima de US$ 15/bushel e mercado realiza lucros

Publicado em 12/03/2013 10:00 e atualizado em 26/02/2020 16:58
Na manhã desta terça-feira (12) os futuros da soja operam em baixa na Bolsa de Chicago. No pregão anterior a commodity encerrou com pequenos ganhos. Por volta das 10h04 (horário de Brasília) as principais posições negociadas na Bolsa de Chicago registravam quedas entre 6,50 e 10,75 pontos.

O economista da Granoeste Corretora de Cereais, Camilo Motter, explica que o mercado realiza lucros nesta terça-feira (12), após as leves altas. Segundo analistas, toda vez que as cotações futuras se aproximam de US$ 15/bushel os compradores entendem como uma oportunidade de embolsar os lucros e no patamar de US$ 14,20 é visto como oportunidade de compras. Entretanto, os fundamentos permanecem positivos no curto prazo e dão suporte aos preços futuros. 

E diante dos baixos estoques norte-americanos de soja, a demanda, principalmente a chinesa permanece aquecida, em função das margens de esmagamento de soja positivas no país. Além disso, o Brasil não consegue atender a demanda mundial devido aos problemas logísticos que atrasam a entrada efetiva da safra no mercado. Atualmente, há cerca 224 navios esperando para carregar milho, farelo e soja nos portos brasileiros. Situação que têm feito com que os países compradores busquem o produto em outras origens.

Por outro lado, o analista de mercado da Agrinvest, Marcos Araújo, sinaliza que ontem (11) os números de inspeções semanais de soja nos EUA, divulgado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) registraram uma queda de 58% em relação à semana anterior. “Então há o sentimento de que a demanda chinesa tende a se deslocar para a América do Sul, fator que contribuiria para pressionar o mercado”, afirma. 

O economista ainda destaca que com a possível safra recorde nos EUA, os preços futuros podem trabalhar em patamares mais baixos no segundo semestre. “A grande dúvida ainda é em relação ao clima. Nos últimos dois anos tivemos quebras fortes, e a questão climática passa a ser o fundamento chave no mercado”, acredita Motter. Frente a esse cenário, a tendência é que o mercado trabalhe com volatilidade até a definição da safra norte-americana. 

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Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

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