Agricultores intensificam colheita da soja no Rio Grande do Sul

Publicado em 12/04/2013 08:45
Com condições climáticas favoráveis, os sojicultores intensificaram os trabalhos de colheita nesse último período, avançando significativamente nas áreas já prontas. A produtividade média geral no Rio Grande do Sul mantém-se estável e a qualidade da produção colhida é boa. No Noroeste do Estado, as lavouras colhidas (soja precoce) apresentam produtividade entre 30 a 35 sc/ha, as demais lavouras de ciclo médio e tardio já apresentam uma produtividade média maior, em torno de 40 a 50 sacas por hectare, com muitas lavouras atingindo 60 sacas por hectare. Entre as lavouras de soja precoce já colhidas, o Informativo Conjuntural elaborado pela Emater/RS-Ascar destaca as áreas de soja irrigada, cuja produtividade (65 sacas por hectare) é superior às áreas de soja precoce não irrigada. As áreas de soja “safrinha” implantadas na resteva do milho estão se desenvolvendo bem, atingindo o estágio de formação do grão, com previsão de colheita em início de maio.

O milho encontra-se nas fases finais, com 72% da área estimada no início da safra já colhida, mas apresentando um menor ritmo em decorrência da aceleração prioritária da lavoura da soja. Os rendimentos das lavouras vêm se mantendo estável na média, e com boa qualidade comercial. Com queda significativa na semana, o valor médio da saca de 60 kg do milho passou para R$ 24,85, baixa de 4,17% em relação à anterior. Os preços vêm recuando nos últimos dias, motivados pela oferta de milho do Centro-Oeste brasileiro e da Argentina, por consequência, os produtores estão entregando o produto para cumprir contratos firmados anteriormente e retendo o grão restante até que haja melhor direcionamento dos preços.

Com uma área aproximada de 20 mil hectares no Estado, as lavouras de sorgo encontram-se em maturação e em início de colheita. Na Campanha, região tradicional na produção desse grão forrageiro, é boa a expectativa de produtividade. A maior parte da área plantada na região, aproximadamente 70% do total, está localizada nos municípios em torno de Bagé. A produtividade esperada é de aproximadamente 2,5 toneladas por hectare.

Nesta safra, a maturação das bergamotas está adiantada em cerca de duas semanas em relação às safras normais. Os citricultores já estão colhendo frutas da variedade caí, escolhendo as mais adiantadas no pomar. A cotação média desse cultivar é de R$ 20,00 a caixa de 25 kg. Entre as laranjas, o início da colheita também está adiantada em relação às safras anteriores. A primeira variedade de laranja em comercialização é a do-céu precoce, laranja com pouca acidez, o que permite que seja consumida com a casca ainda não completamente alaranjada. Valoração média de R$ 12,00/cx de 25 kg.

Seguindo tendência do tomate, a valorização do pimentão vem ganhando posições crescentes e muito acima da média histórica. Embora não sendo tão consumido e popular quanto o tomate, o pimentão vem apresentando, em termos percentuais, acréscimos ainda mais significativos do que aquele. A redução da área de cultivo, a queda na produtividade como efeito de oscilações meteorológicas fortes e as exigências apuradas da cultura no seu manejo, explicam o momento mercadológico. Espécie muito sensível ao frio, as frequentes quedas da temperatura vêm acelerando a conclusão da produção e da colheita. O preço médio junto ao produtor está em R$ 30,00/cx de 10 quilos.

A produção de mel desta safra está abaixo do esperado devido a geadas tardias na primavera e ao excesso de chuvas em algumas regiões nos períodos de floração. De modo geral, a quebra está em 50% da produção esperada. A produção é boa na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Santa Rosa, onde o mel está com um preço menor, na média de R$ 6,50. Em alguns municípios da região de Pelotas, está ocorrendo morte de abelhas e colmeias. Os apicultores das regiões mais frias do Estado estão iniciando as práticas de preparo das colmeias para o período de outono/inverno, principalmente através da retirada de melgueiras vazias e do início da operação de redução de alvado.

O estado corporal e as condições sanitárias dos rebanhos mantêm-se boas, pois o campo nativo e as pastagens cultivadas de verão ainda apresentam bom desenvolvimento. Produtores estão em fase de preparo para o início da vacinação obrigatória contra a aftosa em todo o rebanho e também continuam realizando o controle de parasitas para preservar o bom estado sanitário.

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Emater/RS

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