Soja tem volatilidade e realiza lucros; milho e trigo recuam

Publicado em 16/08/2013 12:22

Os preços da soja operam com volatilidade na Bolsa de Chicago nesta sexta-feira (16). Depois de fechar o pregão eletrônico com ligeiro recuo, as cotações voltaram a subir, mas logo passaram para o lado negativo da tabela, registrando pequenas perdas. O mercado, por volta de 12h12 (horário de Brasília), recuava pouco mais de 1,50 ponto, somente o vencimento setembro operava em alta, subindo 2,50 pontos. Milho e trigo, no entanto, ainda operavam do lado negativo da tabela. 

Mais cedo, as pequenas baixas que foram registradas pelo mercado foram justificadas por um pequeno movimento de reaização de lucros após sessões consecutivas de alta. Porém, os investidores voltaram, novamente, suas atenções para as previsões de clima adverso nos Estados Unidos, fazendo o mercado recuperar o avanço das cotações. 

Para os próximos dias, o que institutos norte-americanos de meteorologia esperam são temperaturas mais elevadas e ausência de chuvas. As maiores de chances para chuvas são vistas para depois dos dias 21 ou 22 de agosto. Já para a última semana de agosto, são esperadas precipitações mais expressivas para o Cinturão de Produção dos EUA. 

A cultura do soja, entretanto, está em seu mês determinante, que é agosto, e qualquer período sem chuvas poderia comprometer seu bom desenvolvimento, segundo explicam analistas de mercado. Isso poderia ser mais preocupante ainda em locais onde a umidade do solo já está com níveis abaixo do ideal. 

Frente a esse clima mais adverso, o contexto geral para o mercado mudou nessa última semana, depois também dos números do último relatório de oferta e demanda divulgado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), de acordo com a analista de mercado Nicole Brum, da Agrinvest. 

"Nós estávamos com um mercado muito baixista em termos de fundamentos, gráficos e posições de fundos, e essas previsões contrariaram as expectativas da maioria dos investidores em um período em que é crucial para o desenvolvimento das lavouras de soja. (...) e isso fez com o que os fundos tivessem que correr para cobrir suas posições, fazendo com que esse rally dos preços fosse maior do que o esperado", disse. 

Para Nicole, porém, é preciso muita atenção ao números do USDA, uma vez que foram utilizadas médias para se definir a produtividade estimada no último boletim, haja vista que foi analisado também os números do ano passado, em que o rendimento foi drasticamente reduzido por uma das piores secas do país. 

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Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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