Milho: Apesar de corte do USDA, Goldmans Sachs ainda espera safra recorde dos EUA

Publicado em 19/08/2013 15:07

Mesmo depois de o governo norte-americano ter revisado sua estimativa para a produção nacional de miho para 349,6 milhões de toneladas, alguns bancos de investimento como o Goldman Sachs e o Deustche Bank AG mantêm suas expectativas para uma produção recorde de 360 milhões de toneladas. As instituições financeiras acreditam que o tempo quente favorecendo as lavouras nesse período e mais uma área plantada de quase recorde deverão ser os fatores que deverão resultar nesse volume. 

Uma produção recorde é estimada ainda pelo vice-presidente da FCStone, em Iowa, Dave Smoldt, que afirma que o que milho precisa para encerrar uma boa temporada é de um clima quente e mais chuvas. 

Mesmo depois de reduzir as previsões a cada mês desde maio, quando o USDA estimou a safra em torno de 360 milhões de toneladas, o governo norte-americano está antecipando a maior colheita do país, um aumento de 28% em relação as 270 milhões de toneladas produzidas no ano passado.

“A redução na previsão para a safra dos EUA, um corte equivalente a 4,75 milhões de toneladas, foi mais do que compensado pelo aumento do USDA de 3 milhões de toneladas cada para as safras do do Brasil e da Ucrânia, deixando o abastecimento amplo e a sinalização de preços mais baixos”, afirma Damien Courvalin, analista do Goldman Sachs. 

De acordo com o USDA, a produção mundial de milho poderá crescer 11%, para um recorde de 957,15 milhões de toneladas, superando a demanda em 27,06 milhões de toneladas, o maior superávit em 17 anos. Os estoques até a colheita do próximo ano deverão subir 22%, para 150,17 milhões de toneladas, o maior volume em 13 anos. 

Riscos - No entanto, há os riscos ainda de a produção norte-americana de milho ser prejudicada pela incidência das geadas precoces. De acordo com pesquisadores que utilizam imagens de satélite para fazer previsões de produção, o rendimento nos EUA será de 163,52 sacas por hectare, dado correspondente ao do último relatório do USDA. O Goldman Sachs prevê 170,4 sacas por hectare e o banco Deutsche 170,2 sacas por hectare.

Segundo Bennett Meier e Alan H. Lee, analistas do Morgan Stanley, as estimativas oficiais de área cultivada dos EUA são muito otimistas e a colheita será de cerca de 340 milhões de toneladas.

Por outro lado, a última previsão do USDA foi baseada em uma média de cinco anos, o que incluiu 2012, quando a produção foi 20% abaixo da média, com isso o governo norte-americano subestimou o potencial produtivo do país.

O Diretor de Marketing da DuPont, Terry Gardner, diz que o número de campos de maior rendimento irá superar os de baixo rendimento porque as temperaturas no Centro-Oeste foram até 14°C abaixo do normal nas últimas quatro semanas, o que permitiu uma melhoria na reprodução de milho, mesmo com o retardo no desenvolvimento.

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Por: Paula Rocha
Fonte: Notícias Agrícolas

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