Em Chicago, soja volta a subir focada no clima nos EUA
Na sessão desta terça-feira (27), os futuros da soja operam com altas de dois dígitos na Bolsa de Chicago. As cotações que encerraram o pregão eletrônico com ligeiras quedas reverteram às perdas e por volta das 10h55 (horário de Brasília), as principais posições da commodity apresentam ganhos de mais de 13 pontos. O contrato setembro/13 era cotado a US$ 14,43/bushel, com alta de mais de 15 pontos. Os futuros do milho trabalham próximos da estabilidade, enquanto os do trigo exibem pequenas altas.
O clima quente e seco permanece dando sustentação aos preços futuros em Chicago. Para esta semana, as previsões climáticas indicam que o calor deve continuar assolando o meio-oeste norte-americano. As temperaturas deverão permanecer 5°C acima da média para o período, segundo informações do site Weather.com. Em algumas regiões, como Iowa, Norte do Missouri, nordeste de Kansas e leste de Nebraska, as temperaturas tendem a ficar entre 38°C e 40°C.
Frente a essa situação, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reduziu o índice de lavouras de soja em boas ou excelentes condições, de 62% para 58%. Para o milho, o departamento apontou uma diminuição de 61% para 59%.
Para o diretor do SIMconsult, João Birkhan, o mercado precifica uma quebra já consolidada. “A safra norte-americana de soja que era estimada em 93 milhões de toneladas em julho pelo USDA baixou para 85 milhões de toneladas, conforme os números do Crop Tour. E se o clima continuar ruim tem espaço para subir ainda mais”, afirma.
Paralelo a esse cenário, o diretor destaca que os estoques dos EUA ficarão apertados, já que a safra do país irá atender a demanda mundial até a entrada da nova safra brasileira no mercado, em meados de abril do próximo ano. “Em determinado momento, as cotações podem recuar, porém o patamar de preços é daqui para cima”, acredita Birkhan.
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