Com foco na demanda firme, soja vira e volta a subir em Chicago

Publicado em 24/10/2013 11:51

Na sessão regular desta quinta-feira (24), o mercado da soja virou e opera em alta na Bolsa de Chicago, após um fechamento de pequenas baixas no pregão eletrônico. Por volta de 12h20 (horário de Brasília), os vencimentos mais negociados da oleaginosa subiam entre 1,50 e 4,75 pontos. 

"Devemos ter pico de oscilação tanto para cima quanto para baixo, mas sempre mantendo o bushel para novembro entre US$ 13 e US$ 13,20", acredita  o analista de mercado Leonardo Mussury, da Bocchi Administradora de Negócios. 

O mercado segue observando a evolução da colheita nos Estados Unidos, que acontece sob a incidência de neve em alguns estados, a situação climática e, principalmente, a extremamente aquecida demanda mundial pela soja. Além disso, os investidores também já começam a dividir sua atenção entre a situação dos EUA e o início da safra na América do Sul. 

Nesta quinta, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou números das exportações do país na semana de 27 de setembro a 3 de outubro, com as vendas de soja em 929,8 mil toneladas - frente às expectativas de 850 mil a 1.050 milhão de toneladas - e as de farelo de soja em 850 mil, enquanto as projeções variavam somente de 150 mil a 250 mil toneladas. 

Os dados confirmaram essa firmeza da demanda e contribuíram, portanto, à virada dos preços. "Ao longo dos últimos dias tivemos informações de compras da China e, em função da pouca disponibilidade de soja que se tem, há uma evolução de preços. Se esperava um volume maior de soja no mercado e, consequentemente, como isso não está acontecendo, isso tem dado sustentação ao mercado. Inclusive, os prêmios têm ajudado bastante, e os prêmios são reguladores, eles mostram o cenário de oferta e demanda apertado", explicou Mussury. 

Milho - Ao contrário da soja, os futuros do milho ainda operam com leve queda em Chicago. O mercado segue tentando se manter próximo da estabilidade e perde pouco mais e 1 ponto nos principais vencimentos. Analistas afirmam que o recuo é apenas um ligeiro movimento de realização de lucros.

Por outro lado, o cereal encontra suporte, ou um fator que limita a queda das cotações, também na demanda. As vendas norte-americanas superaram 1 milhão de toneladas na semana que terminou no dia 3 de outubro e, ainda nesta quinta, o USDA anunciou a venda de 210 mil toneladas de milho para o México, mas com entrega para 2014/15. 

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Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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