Sustentada na demanda, soja opera com boas altas na CBOT nesta 2ª

Publicado em 18/11/2013 11:33 e atualizado em 18/11/2013 13:44

Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago conseguiram ampliar os ganhos registrados nesta segunda-feira (18) e, por volta das 14h30 (horário de Brasília), os principais vencimentos subiam entre 8,50 e 10,25 pontos. O contrato janeiro/14, o mais negociado nesse momento, operava a US$ 12,89 por bushel, depois de perder os US$ 13 com a forte queda da última sexta-feira (15). 

O mercado, segundo o consultor em agronegócio Ênio Fernandes, ainda está sustentando na firma demanda pela soja norte-americana, pelas exportações que acontecem em ritmo acelerado nos Estados Unidos e nos produtores mais contidos nas vendas, à espera de preços melhores. Dessa forma, depois de operar boa parte desta sessão com apenas ganhos pouco expressivos, o mercado conseguiu retomar as boas altas. "Depois de uma queda muito forte, essas pequenas correções são normais", diz. "O mercado chegou com o janeiro a US$ 12,80 e a minha expectativa de que esse patamar tenha um forte suporte, sem cair muito abaixo disso", completa. 

Para Fernandes, o foco do mercado agora deverá ser as exportações norte-americanas. Do total a ser exportado pelos Estados Unidos na temporada 2013/14, cerca de 85% já estão comprometidos e o ano comercial só se encerra em agosto do ano que vem. Frente a isso, os prêmios para a soja nos Estados Unidos já chega a US$ 1,00 sobre o vencimento janeiro no Golfo e no interior dos EUA varia entre 5 e 10 cents de dólar por bushel. 

As principais origens não estão realizando vendas e esse é um importante fator positivo para o mercado. Nos EUA, os sojicultores esperam por preços melhores, o mesmo que acontece no Brasil com a pouca soja ainda disponível da safra velha. Da safra nova, os negócios também acontecem de forma mais lenta, com a possibilidade, segundo analistas, de que as cotações possam estar mais elevadas mais adiante. 

"Acabamos de colher uma safra americana que não foi uma safra pequena, a América do Sul vai colher daqui a poucos meses, e os preços estão perto de US$ 13 por bushel, que é um preço muito interessante, não é um preço comum (...) Toda vez que tivermos essa posição janeiro se aproximar ou passar um pouco dos US$ 13 por bushel, teremos algum fundo interessado em vender, e quando chegar a US$ 12,60 / US$ 12,70, vamos ver intressados em comprar", explica Fernandes. 

No link abaixo, confira a íntegra da entrevista da Ênio Fernandes:

>> Ênio Fernandes - Mercado de Grãos

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Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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