Reformas políticas na China devem aumentar demanda por commodities
As reformas sociais e econômicas planejadas pelo governo chinês deverão trazer efeitos em longo prazo na demanda do país por commodities, entre elas a soja. É o que mostra o site norte-americano Shipping Tribune, que traz notícias sobre embarques, importações e exportações de commodities em todo o mundo.
Apesar dos 60 pontos discutidos no plano ainda estarem em fase inicial, tudo indica que o apetite chinês por recursos está longe de diminuir.
Um das partes mais importantes do plano inclui o aumento das restrições na migração rural para pequenas cidades e o incentivo para a mudança para grandes cidades.
Aumento na renda
O principal efeito das reformas será o aumento da renda média de milhões de pessoas e a criação de uma sociedade mais consumista.
Além do aumento na compra de veículos e eletrodomésticos, o mercado prevê uma maior demanda por produtos agrícolas, em especial pela soja. O maior consumo de proteína animal significa mais demanda por farelo de soja, usado para alimentar rebanhos e granjas.
A produção de soja na China ficou estagnada nos últimos 15 anos, pois o país concentrou seus esforços na produção de grãos como o trigo. Isso significa que os chineses terão que aumentar ainda mais suas importações da oleaginosa nos próximos anos.
Agricultura mais eficiente
A reforma agrária proposta pelo governo poderá resultar em uma agricultura mais eficiente, mas tudo dependerá da área que poderá ser vendida para a produção, quem irá comprá-la e como a renda das vendas será distribuída. Atualmente, as áreas rurais chinesas são de propriedade mista, parte por oficiais do governo e outra parte pelos produtores.
Informações: www.shippingtribune.com
Tradução: Fernanda Bellei