Soja: Produtores estão cautelosos e esperam preços ainda mais altos

Publicado em 28/11/2013 17:39

Nesta quinta-feira (28), é comemorado o feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos e as Bolsas não operam. Os negócios serão retomados nesta sexta-feira (29). Para analistas, a tendência para o mercado de commodities agrícolas ainda é de firmeza, devido aos estoques ajustados e a demanda que permanece aquecida. 

Segundo o diretor do SIMConsult, João Birkhan, até a entrada efetiva da safra sulamericana o mercado deve enfrentar um aperto nos estoques. “Podemos ter preços mais altos, mas quando isso pode acontecer é difícil prever. A orientação é que os agricultores não tenham pressa para vender, os riscos de o mercado cair são bem menores do que o de subir”, afirma.

Porém, com a entrada da safra sulamericana no mercado os preços da commodity podem recuar. Mas ainda assim, as cotações futuras devem encontrar suporte na forte demanda e nos estoques ajustados.  Até o momento, os EUA já negociou mais de 36 milhões de toneladas de soja, das 39,5 milhões de toneladas destinadas às exportações, o equivalente a 80%. E, já no início da próxima semana, os preços futuros devem recuperar as perdas registradas no último pregão, na quarta-feira (27), conforme sinaliza o diretor.

Frente a esse cenário e com boa parte da safra de soja negociada antecipadamente, em torno de 35%, os produtores brasileiros esperam preços mais altos para dar continuidade aos negócios. “Os agricultores estão mais cautelosos e saem do mercado à espera de cotações melhores. No MT, as vendas só devem voltar a acontecer quando a saca alcançar o patamar de US$ 23,00 ou US$ 24,00 a saca na região Norte do estado”, diz Birkhan.

Além disso, o economista da Granoeste Corretora de Cereais, Camilo Motter, ressalta que a volatilidade da taxa de câmbio, devido às contas públicas brasileiras, ainda pode proporcionar novas oportunidades de negócios aos produtores rurais. “Este ano, os produtores fizeram uma comercialização mais comedida, tivemos preços médios melhores do que os do ano passado, porém os picos de preços foram menores”, explica. 

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Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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