Soja: pregão regular em Chicago volta a subir depois de leves correções no noturno

Publicado em 25/02/2014 08:38 e atualizado em 25/02/2014 13:26

Os negócios com a soja nesta terça-feira(25) na bolsa de Chicago voltam a subir durante o pregão regular após registrarem leves correções durante o noturno. Por volta das 13h10 (Brasília) os contratos para março/14 trabalhavam a US$13,88/bushel com alta de 1,5 pontos. Maio/14 registrava alta de 1,75 pontos negociado a US$13,76/bushel e o vencimento julho/14 era cotado a US$13,60 com elevação de 1,75 pontos. Com essa mudança nos rumos das negociações, os operadores confirmam uma situação de estoques pressionados nos EUA e de  incertezas na produção e escoamento da safra na América do Sul. Em alguns estados, a seca continua castigando as lavouras e reduzindo, dia a dia, a produtividade. As chuvas dos últimos dias não foram suficientes, em boa parte das regiões, para reverter o stress pelo qual as plantas têm passado. 

O Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e Abastecimento do Paraná (Seab), informou hoje, ainda de forma preliminar, que as perdas na safra de soja por conta da estiagem são de até 15% no momento, o que equivale a pouco mais de 2 milhões de toneladas. As estimativas de perdas ainda estão sendo levantadas nas regiões produtoras e que um dado oficial será divulgado na próxima quinta-feira (27), juntamente com o levantamento mensal da entidade para todas as culturas produzidas no estado.

No Mato Grosso, por outro lado, chove demais e o excesso de umidade tem prejudicado o avanço da colheita, o que já resulta em uma perda de qualidade e também de potencial produtivo. Segundo um produtor de Lucas do Rio Verde, somente em fevereiro choveu 2400 mm. 

Frente à essas incertezas sobre a produção do Brasil e do comportamento dos preços diante desse quadro, os produtores brasileiros não estão vendendo, o que também é um fato positivo para os preços. 

Paralelamente à preocupação com o clima no Brasil, falta soja nos EUA e a demanda permanece muito aquecida pelo produto norte-americano. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) anunciou nesta terça-feira(25) a venda de mais 568 mil toneladas de soja em grão para destinos não revelados, a serem entregues na temporada 2013/14. 

Nos Estados Unidos, a escassez de soja vem sendo justificada pelas exportações norte-americanas em mais de 43 milhões de toneladas, contra a última projeção do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) de 41,1 milhões de toneladas para todoo ano comercial. Ao mesmo tempo, os embarques, também no acumulado da temporada, já se aproximam de  36 milhões de toneladas. 

 

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Fonte:
Notícias Agrícolas

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3 comentários

  • salvador reis neto santa teresa do oeste - PR

    A safra esta menor mesmo aqui onde produzimos onde o clima foi muito bom ate 23 de janeiro, depois disso muito sol e calor derrubaram as medias das lavouras mais tardias, os produtores estão vendendo sim, mas também estão reservando boa parte para vender adiante por melhores preços, as cooperativas claro querem segurar o preço sim pois precisam soja para fabricar ração para seus integrados de frango e suínos, mas o pior de tudo e ver governo plena a colheita entrar medidas para reprimir as cotações do dólar prejudicando a comercialização em prejuízo do agricultor; dólar mais baixo=soja mais barato... sera que ligan pra nos?

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  • FREITAS CURITIBA - PR

    http://www.operefuturos.com.br/noticias/soja-mt-mesmo-com-dificuldades-colheita-esta-em-niveis-maiores-em-relacao-a-safra-anterior/#.Uwyx4IUlWHM

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  • Douglas Gehrke Capitão Leônidas Marques - PR

    DALZIR VITORIA | UBERLÂNDIA - MG Eu acredito que no curto prazo os preços vão continuar assim, pois aqueles contratos feitos no passado estão sendo entregues e na nossa região 50% dos agricultores que não tem contratos estão vendendo a soja conforme estão colhendo, ou seja, mesmo com agricultores vendendo o preço não baixa, mas em contra partida as cooperativas também não estão subindo o preço. Outra coisa é a velocidade que esta safra foi colhida, os analistas acham que os agricultores estão mais rápidos na colheita se comparar com o ano passado, mas a realidade é que a soja não rendeu, "quando não se tem soja para colher a safra é mais rápida mesmo"...

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