Soja: estoques trimestrais dos EUA podem ser os menores em 10 anos

Publicado em 25/03/2014 13:01

Na próxima segunda-feira (31), o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulga um novo boletim com os números dos estoques de grãos do país em 1º de março deste ano. A ansiedade do mercado é grande e a espera por esses dados tem trazido bastante volatilidade aos negócios no cenário internacional. 

Segundo um levantamento da agência internacional Bloomberg, os estoques trimestrais de soja dos Estados Unidos deverão ser divulgados em 26,86 milhões de toneladas (987 milhões de bushels), o mais baixo em 10 anos para o período. Já a área estimada a ser projetada no reporte para a soja deverá ser de um recorde de 32,85 milhões de hectares. No boletim do dia 10 de janeiro deste ano, o USDA estimou os estoques trimestrais norte-americanos em 58,51 milhões de toneladas em 1º de dezembro de 2013. 

Assim, tanto soja, quanto milho e trigo têm variado entre os campos negativo e positivo em Chicago, buscando uma direção e trabalhando dos dois lados da tabela nos últimos dias. De acordo com analistas, esse deve ser o comportamento das cotações até que novas informações cheguem para direcionar os negócios. 

Nesta terça-feira (25), o mercado da soja tenta consolidar as altas, mas ainda caminha de lado em Chicago. Mais cedo, os preços se encontravam em campo misto, exibindo ligeiros recuos. No entanto, por volta das 13h (horário de Brasília), as cotações já trabalhavam em alta novamente, e o contrato julho/14, operava acima dos US$ 14 por bushel, com 4,50 pontos de alta. O vencimento maio/14, referência para a safra brasileira e o mais negociado subia 6,50 pontos, valendo US$ 14,32. 

O principal suporte para os futuros da oleaginosa tem sido os fundamentos, que seguem ainda muito positivos. A oferta é muito escassa nos Estados Unidos e a demanda global pelo produto norte-americano segue extremamente forte e aquecida, sem dar sinais de arrefecimento. 
Paralelamente, há ainda as perdas sofridas na América do Sul, principalmente no Brasil, por conta de condições climáticas adversas. Inicialmente projetada em 90 milhões de toneladas, a produção brasileira foi estimada no último levantamento da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) em 85 milhões de toneladas. Já a Oil World estima que os produtores nacionais colham cerca de 84,5 milhões de toneladas, segundo um boletim divulgado nesta terça. 

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Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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