Soja: Chicago inicia a semana com volatilidade, em busca de um direcionamento

Publicado em 19/05/2014 08:23 e atualizado em 19/05/2014 11:13

Os contratos da soja  registram preços mistos no pregão eletrônico desta segunda-feira(19) na Bolsa de Mercadorias de Chicago. Por volta das 8h10 (Brasília) , os contratos com vencimento em julho registravam desvalorização de 0,75 pontos, cotados a US$14,65. Os contratos com vencimento em setembro têm leve valorização de 1,5 ponto cotado a US$14,01 e o novembro sobe 4,5 cotado a US$12,26/bushel.

O mercado inicia a semana com a mesma volatilidade da semana passada, em busca de um direcionamento. Na última sexta-feira (16), o mercado já havia encerrado a sessão sem uma tendência definida.

Na última sexta-feira (16), os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam o pregão em campo misto.

Para o analista de mercado da Jefferies Corretora, Stefan Tomkiw, as previsões de clima melhor no Meio-Oeste dos EUA pressionaram as cotações em Chicago. "Tivemos durante essa semana, em algumas regiões, o excesso de umidade e até mesmo paralisações pontuais na semeadura, mas as leituras mais longas de clima apontam para uma situação confortável, que deve favorecer a evolução do cultivo da safra 2014/15", explica.

Segundo dados do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) o plantio da oleaginosa estava completo em 20% da área projetada até o último dia 11 de maio. Ainda nesta sexta-feira, a agência internacional Bloomberg, divulgou estudo que aponta que as lavouras de soja se beneficiam do evento climático El Niño.

O relatório indica que há um impacto positivo em 36% da área cultivada com o grão, principalmente no Brasil e nos EUA. E um efeito negativo em aproximadamente em 9% da área semeada, especialmente na Índia e em partes da China.

O analista ainda explica que o mercado exibe dois cenários distintos, para o curto prazo e em longo prazo. Os estoques norte-americanos ajustados, de aproximadamente 3,54 milhões de toneladas, e a demanda forte, sem sinais de enfraquecimento, são fatores positivos no curto prazo. "E não há indícios de que a demanda pela safra velha dos EUA esteja retraindo, ao contrário, os números de vendas semanais e dados do Nopa, divulgados essa semana, demonstram que a demanda segue firme", relata Tomkiw.

Ainda na sexta-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou a venda de 180 mil toneladas de soja em grão para destinos não revelados. O volume deverá ser entregue na safra 2014/15. O órgão também anunciou a venda de 40 mil toneladas de óleo de soja para a China, com entrega na temporada 2013/14.

Paralelo a esse quadro, as projeções para a safra nova apontam uma produção recorde nos EUA, com 98,93 milhões de toneladas. Situação, que consequentemente, deve ocasionar em uma recomposição nos estoques do país, conforme acredita o analista.

Na semana passada, o Goldman Sachs divulgou nova projeção e manteve a visão pessimista sobre as perspectivas para os preços das commodities agrícolas. Para a soja, os preços podem baixar para US$ 10,50 por bushel, em um período de seis meses, já o milho a previsão é de cotações próximas de US$ 4,00 por bushel.

De acordo com o consultor de mercado da Agrosecurity Consultoria, Fernando Pimentel, apesar das projeções recordes é preciso observar o clima, mas se a safra se confirmar como uma boa produção, as cotações podem recuar para próximo de US$ 13,00 por bushel. "Com isso, o produtor rural brasileiro deve estar atento às notícias de safra nos EUA e fazer as suas contas", acredita.

"Hoje, particularmente o mercado apresenta firmeza nos contratos mais longos, situação decorrente das previsões climáticas favoráveis para os EUA. A expectativa é que os produtores avancem com o plantio do milho e possa reduzir a possibilidade de eventuais substituições de áreas do cereal para a oleaginosa", ressalta o analista. 

Veja como opera o mercado do milho:

Milho: Diante do clima favorável, preços operam em queda na CBOT

Os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) operam do lado negativo da tabela no pregão desta segunda-feira (19). Por volta das 8h55 (horário de Brasília), as principais posições da commodity exibiam perdas entre 3,75 e 5,25 pontos. O contrato julho/14 era cotado a US$ 4,78 por bushel. 

De acordo com as informações divulgadas pela agência internacional Bloomberg, na última semana, o vencimento julho/14 atingiu o patamar de US$ 4,77 por bushel, o menor nível desde o dia 31 de março. A boa evolução do plantio do cereal nos EUA permanece sendo o principal fator de pressão negativa sobre os preços futuros. 

Segundo analistas, o mercado ainda observa as previsões climáticas para o país, já que, se as condições forem desfavoráveis poderão prejudicar o término da semeadura do milho. Inclusive, em alguns estados do país, os produtores norte-americanos têm dificuldades em finalizar o plantio devido às baixas temperaturas. Em contrapartida, em outras regiões, a semeadura está quase finalizada.

Até o último dia 11 de maio, o cultivo do cereal alcançou 59% da área projetada para essa safra, conforme dados do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Nesta segunda-feira, o órgão deve reportar novo boletim de acompanhamento de safras.

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Noticias Agrícolas

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