Soja: Com foco nos fundamentos, preços voltam a subir na CBOT
Em uma sessão volátil, os preços futuros da soja voltaram a subir na Bolsa de Chicago (CBOT). Durante as negociações, os primeiros vencimentos que registravam quedas retornaram ao campo positivo da tabela e, por volta das 12h33 (horário de Brasília), as principais posições da commodity exibiam ganhos entre 3,00 e 6,75 pontos. O vencimento julho/14 era negociado a US$ 14,71 por bushel.
No curto prazo, os fundamentos permanecem positivos aos preços da oleaginosa, segundo afirmam os analistas. Nos EUA, os estoques permanecem apertados, estimados em 3,54 milhões de toneladas segundo o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), situação que só poderá ser solucionada com a entrada da safra 2014/15 norte-americano, caso a produção do país se confirme em uma safra cheia.
Em contrapartida, a demanda pelo produto dos EUA segue firme, sem sinais de retração. Nesta segunda-feira, o USDA reportou os embarques semanais do grão em 167,953 mil toneladas até o dia 15 de maio, contra 239,95 mil toneladas. Apesar do recuo, o volume está em acima do embarcado no mesmo período do ano passado, de 102.389 toneladas.
Além disso, as agências internacionais já indicam um crescimento das importações de soja por parte da China no mês de maio. O volume comprado pela nação asiática deverá alcançar 7,4 milhões de toneladas, frente as 6,5 milhões de toneladas adquiridas em abril. E a expectativa é que o país compre cerca de 70,7 milhões de toneladas até o final da safra 2013/14.
Já no longo prazo, a tendência projetada pelo USDA é de safra recorde nos EUA, de 98,93 milhões de toneladas e preços mais baixos, conforme estimativas de algumas consultorias. Apesar do cenário, analistas dizem que é preciso aguardar o término do plantio no país, assim como, as condições das lavouras ao longo do desenvolvimento da safra 2014/15.
Diante desse quadro, as previsões climáticas para os EUA ganham cada vez mais força no mercado internacional de grãos. Por enquanto, a área plantada com a oleaginosa é de 20% até o último dia 11 de maio. No entanto, o departamento norte-americano deverá atualizar as informações e divulgar novo relatório no final desta segunda-feira.