Soja mantém ritmo e segue em alta nesta 3ª feira em Chicago

Publicado em 20/05/2014 09:37

Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago mantêm o fôlego de alta e continuam subindo na manhã desta terça-feira (20). Por volta das 9h15 (horário de Brasília), os principais vencimentos subiam entre 6 e 8 pontos, com o julho/14 valendo US$ 14,93 por bushel. 

O mercado segue encontrando sustentação na oferta ainda muito aquecida pelo produto norte-americano e pela oferta que continua escassa no país. Nesta segunda-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou que os embarques da oleaginosa totalizaram 167,95 mil toneladas na semana encerrada no dia 15 de maio.

Além disso, o departamento norte-americano indicou ainda o plantio da soja em 33% até o último domingo (18), no entanto, esse índice ficou acima do registrado no mesmo período do ano passado, que foi de 21%. Porém, ficou abaixo da média dos últimos cinco anos, que é de 38%. 

Soja: Mercado foca os fundamentos e fecha com alta de dois dígitos

Por Fernanda Custódio

Nesta segunda-feira (19), os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam o pregão do positivo da tabela. Durante as negociações, as principais posições da commodity ampliaram os ganhos e encerram com altas expressivas entre 18 e 20,25 pontos. O vencimento julho/14 terminou o dia cotado a US$ 14,85 por bushel, alta de 1,38% em relação à última sessão.

A oferta restrita nos Estados Unidos, frente à demanda firme segue sendo o principal fator de suporte aos preços em Chicago no curto prazo. Nesta segunda-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou que os embarques da oleaginosa totalizaram 167,95 mil toneladas na semana encerrada no dia 15 de maio.

Apesar do recuo em relação à última semana, na qual, foram embarcadas 239,95 mil toneladas, o número está acima do embarcado no mesmo período do ano passado, de 102,38 mil toneladas. E a expectativa é que a demanda permaneça firme, e a China poderá comprar 7,4 milhões de toneladas durante esse mês, número maior do que o adquirido em abril, de 6,5 milhões de toneladas, conforme projeção da Oil World.

De acordo com o consultor em agronegócio, Ênio Fernandes, a soja criou um intervalo de preços entre US$ 14,50 por bushel, patamar de suporte, e US$ 15,10 por bushel nível de resistência. “Toda que a cotação se aproxima de nível de suporte, os preços voltam a subir e quando chega próximo ao patamar de resistência, as cotações recuam. E até que haja uma certeza da safra norte-americana, vamos ver o mercado oscilar nesse intervalo, a não ser que tenhamos problemas com o clima nos EUA”, acredita o consultor.  

Para o analista de mercado da Céleres Consultoria, Anderson Galvão, o mercado busca uma correção após as perdas registradas na semana anterior. "Na semana anterior, com as condições normais de clima e o ritmo de plantio, os preços caíram. Porém, apesar das preocupações iniciais a semeadura da safra 2014/15 transcorre sem maiores problemas, o que deixa o mercado apreensivo em relação à sustentabilidade das altas no médio e longo prazo", explica.

Além disso, os investidores do mercado esperam pelo novo boletim de acompanhamento e safras do USDA, que irá indicar a área plantada no país. Na última semana, o número reportado foi de 20% da área plantada até o dia 11 de maio. De acordo com informações divulgadas pela agência internacional Bloomberg, as temperaturas deverão ficar amenas, o que deve favorecer grandes áreas de produção de milho e soja no Centro-Oeste dos EUA. 

Na última semana, estudo divulgado pela agência apontou que as plantações da oleaginosa são beneficiadas pelo evento climático El Niño. O relatório ainda indicou que há um impacto positivo em 36% da área cultivada com o grão, especialmente no Brasil e nos EUA. E um efeito negativo em aproximadamente em 9% da área semeada, especialmente na Índia e em partes da China.

Na safra 2014/15, a expectativa é que a produção norte-americana totalize 98,93 milhões de toneladas e, consequentemente, haja um aumento nos estoques. Ainda assim, analistas afirmam que é preciso acompanhar o desenvolvimento da safra e, principalmente, as condições climáticas nos EUA. 

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Fonte: Notícias Agrícolas

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