Estiagem interrompe plantio da soja em MS

Publicado em 10/10/2014 15:42

A estiagem que domina o clima de Mato Grosso do Sul fez com que os produtores rurais do estado recolhessem as máquinas e paralisassem o plantio à espera da chuva. De acordo com os últimos dados do Siga - Sistema de Informações Geográficas do Agronegócio, mantido pela Aprosoja/MS - Associação dos Produtores de Soja de MS, até o momento apenas 4% da área destinada ao plantio de soja foi plantada, o que corresponde a 92 mil hectares. 
 
A região mais afetada pelo clima seco é o Norte do Estado, onde estão localizados importantes municípios produtores, como Coxim e São Gabriel do Oeste. Porém, a interrupção do plantio ainda não é motivo de preocupação, afirma o gestor técnico do Sistema Famasul - Federação da Agricultura e Pecuária de MS, Lucas Galvan.  "A pausa imposta pelas condições climáticas até agora não compromete a qualidade da produção", avalia o técnico.
 
O Cemtec - Centro de Monitoramento de Tempo, do Clima e dos Recursos Hídricos de Mato Grosso do Sul prevê estiagem para os próximos dias. "A estimativa é de que as precipitações pluviométricas ocorram somente a partir da segunda quinzena do mês, em quase todo o Estado, mas principalmente na região Sul", afirma Cátia Braga, meteorologista do Cemtec.  "Estamos  vivendo um período de alta pressão, onde as temperaturas são altas e a umidade do ar baixa, entre 15% e 20%", completa a especialista.
 
Mercado - Além de informações sobre o clima, a Circular Técnica do Siga traz os dados do mercado interno da soja que mostram uma queda de 0,60% no preços da soja entre a última semana de setembro e a primeira semana de outubro, passando de R$ 54,90 para R$ 54,55 a saca. "A orientação é para que o produtor tenha cautela neste atual momento do mercado e adote um comportamento de gestão de custos e estratégia de comercialização", afirma Galvan.
 
Para a gestora do Departamento de Economia do Sistema Famasul, Adriana Mascarenhas, os preços podem melhorar no mercado interno nos próximos dias. "Tudo dependerá da colheita nos Estados Unidos, que pode ser prejudicada com o clima, com isso o Brasil terá uma abertura de oportunidades e um possível aumento de preços no mercado interno. Outro ponto favorável é o câmbio desvalorizado que torna a nossa soja competitiva e estimula as exportações", destaca.

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Fonte:
Famasul

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