Soja amplia perdas na CBOT com clima melhor no Brasil e colheita nos EUA

Publicado em 04/11/2014 13:04

A colheita dos grãos nos Estados Unidos finalmente recuperou seu ritmo, acabou com o atraso que vinha sendo registrado e pressiona severamente as cotações da soja na Bolsa de Chicago nesta terça-feira (4). Por volta das 13h30 (horário de Brasília), os principais vencimentos perdiam mais de 17 pontos e o janeiro/15, o contrato mais negociado nesse momento era cotado a US$ 10,12 por bushel. 

De acordo com o último boletim de acompanhamento de safras divulgado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), a colheita da soja, em uma semana, evoluiu 13 pontos percentuais e atingiu 83% da área até o domingo 2 de novembro. Assim, o número fica em linha com a média dos últimos cinco anos, além de ter superado as expectativas do mercado, que variavam de 79 a 81%.

Esse avanço nos trabalhos de campo reforçam os reportes de produtividade que chegam do Meio-Oeste americano indicando números bastante elevados para a oleaginosa. E diante dessas informações, segundo explicam analistas, os fundos de investimento, que ainda se mostram muito presentes no mercado, se sentem estimulados a liquidarem suas posições em busca de garantia de lucros. 

Além disso, notícias melhores também sobre o comportamento do clima no Brasil nas próximas semanas, as quais poderiam aliviar o atraso no plantio da nova safra, também pressionam as cotações. Entretanto, nos últimos dias, essa demora para a semeadura vinha encorajando os fundos especulativos a continuarem comprando posições. 

"As previsões desssa semana mostram apenas uma ligeira melhora em relação à da semana anterior, porém, já são duas semanas de indicando um clima mais úmido no país", disse o analista de mercado e editor do site norte-americano Farm Futures.

Segundo explica o consultor Steve Cachia, da Cerealpar, essa é uma acomodação natural do mercado depois de cinco semanas de alta em Chicago. "Essa é acomodação pela qual passam os preços quanto se tira um pouco da especulação climático. Então, não há nenhum fator novo pressionado, nada de mais. Oferta maior e clima melhor", diz. 

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Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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