Soja acompanha o dólar e fecha semana com preços em alta no Brasil

Publicado em 20/02/2015 17:30

Os preços da soja fecharam a semana e a sessão desta sexta-feira (20) em baixa na Bolsa de Chicago. Entre as posições mais negociadas, as perdas foram de pouco menos de 1%, com o vencimento março/15 fechando em US$ 9,99 e o maio/15 em US$ 10,02 por bushel. Apesar disso, as cotações subiram e se consolidaram acima dos US$ 10,00 novamente, com exceção do primeiro vencimento e, de acordo com analistas, o mercado deve manter esse quadro ainda por um tempo. 

Os números passaram por uma realização de lucros nesta sexta depois das boas altas registradas no pregão anterior e, segundo explicou o analista de mercado Eduardo Vanin, da Agrinvest, pressionados também por uma leve baixa dos prêmios no Brasil, movimento que deixou mais atrativa a soja brasileira em relação à norte-americana. 

Apesar disso, ao longo de toda a semana, o mercado recebeu informações positivas para a formação dos preços, como os primeiros indicativos da safra 2015/16 dos EUA que devem trazer uma menor área de plantio no país, além de uma safra abaixo do registrado na atual temporada. Porém, os estoques finais, de acordo com os números trazidos pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) no Annual Outlook Forum, devem ser maiores. 

Para a soja, a projeção é de uma colheita de 103,4 milhões de toneladas, contra 108 milhões da safra atual. Ainda de acordo com representantes do departamento, a baixa na produção de soja será mais limitada do que em outras culturas diante dos menores custos de produção da oleaginosa, o que estimula a migração dos produtores do país para a commodity. Ainda assim, o USDA trouxe, no primeiro dia do fórum, uma área de plantio menor do que da safra 2014/15 e menor ainda do que as projeções do mercado. 

O USDA projeta ainda um aumento no esmagamento de soja nos EUA para 50 milhões de toneladas, frente às 48,85 milhões estimadas para o ciclo 2014/15. As exportações foram colocadas em 49,5 milhões de toneladas e apresentam um ligeiro aumento em relação à ultima projeção do departamento para a safra atual de 48,72 milhões de toneladas. 

Além disso, ainda nesta sexta-feira, o departamento agrícola norte-americano trouxe seu boletim semanal de vendas semanais para exportação com dados acima das expectativas do mercado. 

Na semana que terminou em 12 de fevereiro, os EUA venderam 505,7 mil toneladas de soja da safra 2014/15. O número ficou acima das expectativas, de 460 mil toneladas, porém, abaixo do registrado na semana anterior, quando foram vendidas 745,4 mil toneladas. O USDA anunciou ainda a venda de 115,9 mil toneladas da safra 2015/16 na semana. 

Assim, o acumulado de vendas já realizadas no ano já soma 46.881,1 milhões de toneladas, enquanto o total projetado pelo USDA para toda a temporada é de 48,72 milhões de toneladas. Ou seja, já há 96% do volume comprometido do estimado e a temporada comercial só será encerrada em 31 de agosto. Em 2013/14, nesse mesmo período, o total acumulado era de 46.688,1 milhões de toneladas. 

Os preços da soja fecharam a semana e a sessão desta sexta-feira (20) em baixa na Bolsa de Chicago. Entre as posições mais negociadas, as perdas foram de pouco menos de 1%, com o vencimento março/15 fechando em US$ 9,99 e o maio/15 em US$ 10,02 por bushel. Apesar disso, as cotações subiram e se consolidaram acima dos US$ 10,00 novamente, com exceção do primeiro vencimento e, de acordo com analistas, o mercado deve manter esse quadro ainda por um tempo. 

Os números passaram por uma realização de lucros nesta sexta depois das boas altas registradas no pregão anterior e, segundo explicou o analista de mercado Eduardo Vanin, da Agrinvest, pressionados também por uma leve baixa dos prêmios no Brasil, movimento que deixou mais atrativa a soja brasileira em relação à norte-americana. 

Apesar disso, ao longo de toda a semana, o mercado recebeu informações positivas para a formação dos preços, como os primeiros indicativos da safra 2015/16 dos EUA que devem trazer uma menor área de plantio no país, além de uma safra abaixo do registrado na atual temporada. Porém, os estoques finais, de acordo com os números trazidos pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) no Annual Outlook Forum, devem ser maiores. 

Para a soja, a projeção é de uma colheita de 103,4 milhões de toneladas, contra 108 milhões da safra atual. Ainda de acordo com representantes do departamento, a baixa na produção de soja será mais limitada do que em outras culturas diante dos menores custos de produção da oleaginosa, o que estimula a migração dos produtores do país para a commodity. Ainda assim, o USDA trouxe, no primeiro dia do fórum, uma área de plantio menor do que da safra 2014/15 e menor ainda do que as projeções do mercado. 

O USDA projeta ainda um aumento no esmagamento de soja nos EUA para 50 milhões de toneladas, frente às 48,85 milhões estimadas para o ciclo 2014/15. As exportações foram colocadas em 49,5 milhões de toneladas e apresentam um ligeiro aumento em relação à ultima projeção do departamento para a safra atual de 48,72 milhões de toneladas. 

Além disso, ainda nesta sexta-feira, o departamento agrícola norte-americano trouxe seu boletim semanal de vendas semanais para exportação com dados acima das expectativas do mercado. 

Na semana que terminou em 12 de fevereiro, os EUA venderam 505,7 mil toneladas de soja da safra 2014/15. O número ficou acima das expectativas, de 460 mil toneladas, porém, abaixo do registrado na semana anterior, quando foram vendidas 745,4 mil toneladas. O USDA anunciou ainda a venda de 115,9 mil toneladas da safra 2015/16 na semana. 

Assim, o acumulado de vendas já realizadas no ano já soma 46.881,1 milhões de toneladas, enquanto o total projetado pelo USDA para toda a temporada é de 48,72 milhões de toneladas. Ou seja, já há 96% do volume comprometido do estimado e a temporada comercial só será encerrada em 31 de agosto. Em 2013/14, nesse mesmo período, o total acumulado era de 46.688,1 milhões de toneladas. 

Ainda segundo Vanin, o mercado observa uma demanda ainda concentrada nos Estados Unidos quando já deveria estar mais voltada para o produto da América do Sul frente aos problemas de escoamento que vêm sendo observados no Brasil, como o atraso do embarque em alguns portos, principal fator que pesa sobre os prêmios para a soja no país. 

Mercado Interno

Apesar desse ligeiro recuo dos prêmios, os preços da soja no Brasil registraram mais uma semana positiva, principalmente em função da alta do dólar. Frente à moeda norte-americana, o real já acumula uma baixa de 8% e tem, entre as principais divisas internacionais, um dos piores desempenhos do ano, como explica o analista de mercado da Agrinvest.

Nesta sexta-feira, o dólar fechou a R$ 2,8788, com alta de 0,46% de alta. As preocupações com o futuro da Grécia na Zona do Euro e da instabilidade do cenário no Brasil ainda dão o tom positivo para a moeda americana não só frente ao real mas à uma cesta das principais moedas internacionais. 

"O mercado vai demorar para comprar a ideia de que está tudo bem na Europa. Depois de tanta novela, os investidores ficaram céticos", disse o superintendente de câmbio da corretora Intercam, Jaime Ferreira à agência Reuters.

Assim, o valor da soja disponível no porto de Rio Grande subiu mais de 3% e saltou de R$ 64,00 para R$ 66,50/saca, enquanto a soja para maio/15 teve alta de 1,95% para encerrar a semana em R$ 67,80. No porto de Paranaguá, o ganho foi de 0,76% para R$ 66,00 por saca. No interior do Brasil, ganhos de 0,18 a 4,08%, em Tangará da Serra, Mato Grosso, onde o preço ficou em R$ 51,00.

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Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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