Polícia deflagra operação contra "piratas" que roubam soja em Rio Grande

Publicado em 27/11/2015 09:48

O saque virou rotina nos terminais graneleiros de Rio Grande, nos barcos que atracam no porto e nos trens carregados de soja que descarregam nos depósitos. Para combater esse crime, a Polícia Civil desencadeou na cidade do sul do Estado uma operação na manhã desta sexta-feira. Estão sendo cumpridos 16 mandados de busca e apreensão. Em dias anteriores, os policiais — sob o comando da delegada Lígia Furlanetto — prenderam um homem envolvido nos roubos e que responde por homicídio. Até o momento foram presas três pessoas, em flagrante, por porte de arma, receptação e tráfico de drogas.
 
Os agentes também apreenderam três armas (uma pistola e dois revólveres, todos de calibre .32), rádio-comunicadores HT, droga e dinheiro, além de estepes de caminhão. Foram também encontradas ferramentas para descarrilhar trens, chamadas chaves-cachimbo.

A ação é sequência de uma investigação que começou em 2014 e levou à prisão três rapazes envolvidos no assassinato de um vigia de uma empresa de estocagem de grãos.

Foi em 19 de agosto de 2014 que, em uma tentativa de assalto a um terminal graneleiro localizado no Superporto do Rio Grande, morreu o vigilante Moacir Ruiz Monks, após ser atingido com um tiro na cabeça. Ele chegou a ser levado para o Hospital Santa Casa, mas não resistiu. O crime foi cometido por três homens que tentavam invadir o cais do terminal, para saquear soja. Os bandidos atiraram ao serem surpreendidos pelo vigilante, no momento em que ele acompanhava a atracação de um navio. Os homens usaram o bote para fugir do local.

Após um mês de investigação, baseada em depoimentos e em filmagens da atuação de ladrões no porto e nos terminais — algumas das quais Zero Hora teve acesso — a equipe da delegada Lígia esclareceu a morte do vigia. Foram presos três rapazes, que até agora continuam no Presídio Regional de Rio Grande. Eles admitiram que costumavam furtar soja no terminal e revendê-la a depósitos clandestinos situados numa vila próxima ao porto. E alegaram legítima defesa contra os tiros disparados primeiro pelo vigilante, argumento não levado em consideração pela Justiça, que decretou a prisão preventiva do trio. Caso sejam julgados, estão sujeitos a pegar entre 20 e 30 anos de prisão, por latrocínio. Um quarto homem foi também preso por receptação de soja roubada. Em postagens nas mídias sociais, eles se identificavam como Os Piratas de Rio Grande.

Leia a notícia na íntegra no site Zero Hora.

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Fonte: Zero Hora

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