Exportações do complexo soja somaram US$ 27,96 bilhões em 2015, cerca de 14,6% do total das vendas externas do Brasil

Publicado em 11/01/2016 11:55
Embarques, em toneladas, da soja em grão, do farelo e do óleo aumentaram, respectivamente, 19%, 8% e 28%, na comparação com 2014

São Paulo, 11 de janeiro de 2016 – As exportações brasileiras do complexo soja totalizaram US$ 27,96 bilhões em 2015, de acordo com dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Do total, US$ 20,98 bilhões (75,1%) referem-se às exportações de soja em grão, US$ 5,82 bilhões (20,8%) às de farelo de soja e US$ 1,2 bilhão (4,1%) às de óleo de soja. Somados, os três produtos responderam por 14,6% do total das exportações brasileiras realizadas em 2015.

Vendas em volume

O País exportou 54,3 milhões de toneladas da oleaginosa, volume 19% superior às exportações realizadas em 2014. As vendas de farelo foram de 14,8 milhões de toneladas no período apurado, um acréscimo de 8% em comparação com os dados de 2014. As exportações de óleo de soja somaram 1,67 milhão de toneladas, volume 28% superior ao exportado no ano anterior.

Destinos

Os embarques de soja para a China somaram 40,9 milhões de toneladas, volume que representa aproximadamente 75% das exportações brasileiras da oleaginosa. Outros 10% das exportações do grão tiveram como destino os países da União Europeia e 8,9% seguiram para portos asiáticos.

As saídas de farelo de soja para a União Europeia superaram 8,3 milhões de toneladas no período (56,3% das exportações brasileiras do produto). Esse mercado, porém, apresentou queda de 5% em comparação com os dados de 2014.

Os países do Sul e Sudeste Asiático, a Coreia do Sul e o Japão aumentaram em 30%  o  volume importado do farelo de soja produzido no Brasil e receberam, em 2015, 5,2 milhões de toneladas do produto. As compras de farelo de soja na região já representam 35% das exportações brasileiras do produto e têm crescido em ritmo acelerado desde 2012.

De um total de 1,67 milhão de toneladas de óleo de soja exportado, 81% se destinaram à Ásia. Desse montante, a Índia representa 60% e a China, 16%. O volume residual foi distribuído entre os países da África e das Américas.

Portos

Pelo porto de Santos foram embarcadas 13,03 milhões de toneladas de soja em grão,  ou 24% do volume exportado. Por Rio Grande foram exportadas 11,37 milhões de toneladas (21%) da oleaginosa, um crescimento de 39% em comparação com 2014. Pelo porto de Paranaguá saíram 8,52 milhões de toneladas de soja, 13% do total exportado, e por São Luís, 5,00 milhões de toneladas (9% das exportações do grão), variação de 61% em comparação com o ano anterior. Barcarena, no segundo ano de operação, embarcou 2,19 milhões de toneladas, ou 4% do volume embarcado.

Portanto, com relação à soja em grão, destacam-se os portos do Arco Norte, que exportaram 8,7 milhões de toneladas em 2014 (19% do total) e 12,6 milhões de toneladas em 2015 (23% do total), consolidando-se como importante saída para os produtos brasileiros.

As exportações de farelo de soja se concentraram, principalmente, nos portos de Paranaguá, Santos e Rio Grande, perfazendo os volumes, respectivamente, de 5,34 milhões de toneladas (36%), 4,30 milhões de toneladas (29%) e 2,70 milhões de toneladas (18%).

Paranaguá exportou 1,21 milhão toneladas de óleo de soja, o equivalente a 72% do total embarcado. De Rio Grande saíram 270,76 mil toneladas (16% das exportações do produto) e pelo porto de Manaus foram exportadas 128,47 mil toneladas, ou 8% do volume embarcado no ano.

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Fonte:
Abiove

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1 comentário

  • Marcelo Luiz Campina da Lagoa - PR

    Este valor de US$ 20 bi nos dá uma boa idéia do que a importação de soja significa para a China, em termos de valores. Dinheiro de pinga, como falamos aqui... Para a economia daquele país, o que significam 20 bi de dólares? Eles estão pouco se lixando se o bushel está a US$ 9,00 ou US$ 16,00. Eles querem é garantir o suprimento... Ainda tem analista que acha que um aumento de US$ 1,00 por bushel vai retrair a demanda na China. A maioria da soja é comprada pela estatal chinesa. O governo chinês, se precisar, absorve o prejuízo e repassa a soja com subsídio. Se aqui tem subsídio para comprar máquina, imagina por lá, com aquela quantidade de dinheiro do governo, se não iriam subsidiar comida barato pro povo, e com esta merreca de US$ 20 bi.

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