Soja em Chicago é pressionada por notícias de cancelamento de compras da China

Publicado em 28/01/2016 12:45

O início dos negócios no pregão regular em Chicago foi marcado pela desvalorização na cotação da soja. Por volta das 13h30 (Brasília) os contratos mais negociados, recuavam cerca de 7 pontos. Março/16 trabalhava em US$ 8,75 com queda de 7,5 pts , Maio/16 recuava 7,25 pts com negócios a US$ 8,78 e Julho/16 tinha queda de 7,0 pts e negócios a US$ 8,84. 

A falta de novidades que limitava a movimentação dos preços já há algumas semanas e deixava compradores e vendedores mais cautelosos foi quebrada pela notícia de cancelamento de 395 mil toneladas de soja americana negociada para a China. O volume deveria ser entregue na temporada 2014/15. A informação foi reportada nesta quinta-feira (28), pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). 

Print  anúncio do USDA

Anúncio de cancelamento na página do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos)

Resta saber se essa informação vai continuar pressionando os preços e principalmente se esse cancelamento é consequência de uma redução da demanda chinesa ou apenas uma migração das compras para a América do Sul, em especial o Brasil, que avança com a colheita após registrar volta de boas condições climáticas para o Centro-Oeste. Nesta sexta-feira, com a divulgação do relatório vendas semanais será mais fácil entender o que de fato aconteceu. Outra possibilidade a ser analisada seria apenas a transferência dessas compras para o próximo ano safra.

"Do lado da oferta não temos uma ameaça consolidada em relação à perda de produção, e os compradores mantêm o ritmo compassado nas aquisições, evitando pressionar o mercado", explica o analista Marlcos Araújo, da Agrinvest. Commodities.

Mas alguns analistas acham pouco provável que os preços da soja em Chicago sofram grandes baixas, até porque já começaram as especulações sobre o tamanho do plantio nos EUA. A disputa por área entre soja e milho  para a safra 2016/17 ganha espaço e deve trazer mais especulações às cotações. "Logo mais o mercado vai se focar na briga por área  e quem vai definir isso agora, são os preços praticados em Chicago durante o mês de fevereiro", diz o analista. 

Mercado interno

Aqui no Brasil a disputa pela soja deve continuar e estimular ainda um movimento crescente para os preços, já que a soja que começa a ser colhido será destinada ao cumprimento de contratos de exportação e os prêmios positivos têm mostrado que a demanda interna por soja ainda continua aquecida. 

No Porto de Rio Grande- RS , a soja disponível está sem referência de preços mas os negócios futuros recuperam 1,2% com cotações a R$ 83,50/sc 60 kg.

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Fonte:
Notícias Agrícolas

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3 comentários

  • Euclides de Oliveira Pinto Neto Duque de Caxias - RJ

    No Cassino de Chicago, as alterações nos preços variam em função de mentiras plantadas, conversa fiada, muita mentira... e os picaretas especuladores repetem, dia após outro, o mesmo esquema de pilantragem... não existe base séria, correta, veridica... é só mentira, logro, buscando enganar os idiotas que vão comprar e vender... aliás, tal procedimento é secular...

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  • Marcelo Luiz Campina da Lagoa - PR

    Ou será que não estão encontrando soja nos EUA para embarcar e tem que vir ao Brasil para carregar? Mais uma jogada para derrubar os preços e fazer o produtor, temeroso, fixar a produção neste preços ridículos em dólar. Não caiam nesta arapuca. A soja não tem motivo pra baixar. A safra é muito menor do que estão falando. Aqui no oeste do Paraná estão colhendo muita lavoura de 120 sacas por alqueire, onde colheram 160 sacas ano passado. Isso sem falar nas lavouras que estavam enchendo o grão nos últimos 15 dias. As plantas derreteram.

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    • geraldo emanuel prizon Coromandel - MG

      Posso atestar o que o sr. Marcelo diz, estive no Paraná na região onde morávamos (Município de Janiópolis, não muito longe de Campina da Lagoa), acompanhei na máquina a colheita, e, apesar de lavoura não ser ruim, ainda assim estava produzindo 15% menos que o ano anterior.

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  • Marcelo Luiz Campina da Lagoa - PR

    Não tem trouxa aqui não. Estas estórias de cancelamento são velhas. Pura armação. Quantas toneladas os chineses cancelaram ano passado? Quem tiver os dados por favor, escreva aqui. Pelo que sei eles aumentaram, e muito, a importação de soja, e anunciaram que irão comprar ainda mais, pois estão pagando uma miséria por esta e outras commodities. Ontem mesmo li aqui que economizaram 460 bi de dólares em 2015 por causa dos baixos preços. O que pode ocorrer, e já aconteceu antes, é trocarem o local de embarque, do Brasil para os EUA, devido a rapidez no embarque e menor tempo de viagem até o destino (China). Isso vai fazer os estoque americanos cairem mais rápido ainda e Chicago se recupera logo, logo.

    Imaginem um país, ou uma empresa que contrata um produto para compra e depois resolve cancelar? Mesmo que isso esteja no contrato, a credibilidade do comprador vai para o lixo. O governo chinês nunca deixaria uma empresa daquele país fazer tal lambança. Com toda a certeza a COFCO ou outra estatal assumiria a compra se a tal empresa estivesse com problema financeiro. O que são 400 mil toneladas para um país que tem que comprar 85 mi de toneladas num ano? E cancelaram por que? O preço está muito alto? Ah! Tenham a santa paciência... O papel deste tipo de notícia plantada não serve nem para limpar o traseiro .

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    • Beline Chaves Dourados - MS

      WASHINGTON, 28 de janeiro de 2016 exportadores-Privadas relatados ao Departamento de Agricultura cancelamentos de vendas de exportação de 395.000 toneladas métricas de soja para entrega à China US durante a campanha de comercialização de 2015/2016.http://www.fas.usda.gov/newsroom/private-exporters-report-sales-activity-china-165

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    • Marcelo Luiz Campina da Lagoa - PR

      Quando eu era criança pequena lá em Barbacena, ouvia o povo falar que papel aceita tudo.

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    • Sergio F. Becker Umuarama - PR

      Mas é tão óbvio que não deveria mais ser usada por o mercado chega ser cômico....kkkk

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    • Liones Severo Porto Alegre - RS

      O Marcelo Luiz tem razão, não existe cancelamentos de negócios. Os registros são feitos pelos exportadores americanos (private exporters) a revelia e o total desconhecimento dos chineses. Os registros podem ter origem opcional e, se o exportador decidiu embarcar soja brasileira ou argentina, então ele cancela o registro da origem americana, o que o mercado interpreta como cancelamento da China, para fazer o que fizeram hoje, derrubar os preços. O sistema de registros do USDA é o mesmo da forma contábil, se declarado destino China e o exportador quiser trocar para destinos desconhecidos, então o registro com destino china é cancelado e, é lançado um novo registro para destinos desconhecidos e vice-versa. Detalhe: o cancelamento do primeiro e o registro do segundo não precisa ser necessariamente no mesmo dia.

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    • Marcelo Luiz Campina da Lagoa - PR

      Mais uma aula do Liones. Vamos aprendendo meu povo... quem é informado não é enganado. Informação de qualidade está por aí. Basta procurar.

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    • carlo meloni sao paulo - SP

      eu tambem gosto dessa troca de ideias, e NOS APRENDEMOS UM COM OS OUTROS

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