Soja: Preços sobem no Brasil nesta 2ª feira, mas produtor já amplia alvo para novas vendas

Publicado em 22/05/2017 18:52

Nesta segunda-feira (22), os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam o pregão em campo positivo. As cotações da oleaginosa terminaram o dia com ganhos de 3,50 a 4,50 pontos entre os principais contratos. O vencimento julho/17, na máxima do dia foi a US$ 9,61, para fechar com US$ 9,57. Já o novembro/17, referência para a nova safra americana, ficou em US$ 9,57, depois de encostar nos US$ 9,59. 

As altas mais cedo, afinal, se mostraram mais fortes, beirando os 10 pontos, porém, aos poucos o mercado foi devolvendo parte delas para fechar mais próximo da estabilidade. Durante toda a sessão, no entanto, a oleaginosa trabalhou do lado positivo da tabela. 

Segundo explica o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, o avanço das cotações se deu com o mercado mais atento aos fundamentos locais, especificamente as condições de clima no Meio-Oeste americano. Novas chuvas são esperadas para esta próxima semana e ainda preocupam os produtores. Já há plantada, porém, 53% da soja americana, segundo os últimos números do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulgados no final da tarde desta segunda. 

Leia mais:

>> Plantio do milho e soja evolui bem nos EUA; mais chuvas chegam ao Corn Belt

Ainda nesta segunda-feira, a alta do petróleo de quase 1% registrada nas bolsas de Nova York e Londres também contribuíram para um avanço das cotações. "O petróleo influencia as commodities agrícolas pois óleo de soja e milho são insumos para produção de biocombustíveis. Se o preço do petróleo sobe, sobe também o diesel e a gasolina, dando competitividade para os biocombustíveis", explica o analista de mercado Miguel Biegai, da OTCex Group Genebra, na Suíça.

Ademais, a influência da relação dólar x real parece ter um peso menor sobre as cotações da soja em Chicago neste momento. O intervalo de R$ 3,20 a R$ 3,30 já estaria precificado, como explica Brandalizze e, somente níveis acima disso seriam suficientes para modificar os patamares de preços em Chicago. O clima no Corn Belt parece, portanto, ter recuperado seu protagonismo. 

No Brasil

No Brasil, porém, o recente nível em que trabalha a moeda americana favorece a formação dos preços no interior e nos portos. Nesta segunda, o dólar subiu 0,59% para fechar com R$ 3,2763, e segue refletindo a confusa e incerta política interna. 

"O cenário doméstico é de completa incerteza... A volatilidade nos mercados locais deve continuar", resumiu a Advanced Corretora em relatório, segundo informa a agência de notícias Reuters. 

Leia mais:

>> Dólar sobe e encosta em R$3,28 com temor sobre cena política

No porto de Rio Grande, a soja disponível fechou com R$ 71,00 e alta de 1,43%, enquanto a referência para a safra nova foi a R$ 74,80, subindo 1,08%. Em Paranaguá, porém, os preços mantiveram seus indicativos em R$ 72,00 em ambos os casos. 

Apesar desses avanços, as referências não se distanciaram muito das observadas no final da última semana - quando boas vendas foram efetivas, de volumes de até 2 milhões de toneladas, segundo o consultor - e, nesse momento, o produtor brasileiro já tem um novo alvo de preços. Para o consultor da Brandalizze, as cotações nos portos precisariam alcançar entre R$ 73,00 e R$ 75,00 para estimular mais e novos negócios. 

No link abaixo, confira a íntegra da entrevista de Vlamir Brandalizze:

>> Preços internos da soja se mantém nos R$ 72,00/saca nos portos, mas agora produtor tem novos patamares para negociar

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

0 comentário