Chicago: Preços da soja ampliam perdas na tarde desta 6ª e contrato julho perde os US$ 9,30

Publicado em 26/05/2017 15:02

Na sessão desta sexta-feira (26), os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago ampliaram suas baixas e, por volta das 14h50 (horário de Brasília), as perdas variavam entre 8,25 e 10 pontos entre as posições mais negociadas. Dessa forma, o julho já perdia mais uma referência importante e era cotado a menos de US$ 9,30 por bushel. O contrato alcança, portanto, suas mínimas em 13 meses. 

As baixas vêm ainda mesmo diante de uma tentativa de recuperação do petróleo - que ontem despencou mais de 5% depois do anúncio da Opep (Organização dos Países Produtores de Petróleo) e hoje sobe mais de 1%, tanto em Londres, quanto em Nova York. 

Por outro lado, o dólar continua em alta e segue pressionando o futuros da oleaginosa. 

"Graficamente, a situação do julho/17 está periclitante. Só retoma o suporte de US$ 9,40 se fechar acima desse nível de forma convincente, com alta de 7 a 10 pontos e bom volume de negócios", explica o analista de mercado Miguel Biegai, da OTCex Group, de Genebra, na Suíça. 

No pregão anterior, o vencimento julho fechou em sua mínima em 13 meses e acumulando uma baixa de 4% nas últimas seis sessões, segundo informa o portal internacional Agrimoney. 

Os traders continuam atuando na defensiva, em partes diante do feriado comemorado na próxima segunda-feira, dia 29, nos Estados Unidos - o Memorial Day - quando a bolsa não funciona e a terça-feira pode ser de volatilidade. 

O clima no Meio-Oeste dos Estados Unidos continua sendo acompanhado e trazendo alguma preocupação. Todavia, esse preocupação parece se limitar entre os produtores e ainda não chegou aos preços. Com os números do plantio mostrando um bom avanço, o impacto de condições desfavoráveis para o campo neste momento parece bem limitado. 

"O clima 'passado' e as previsões para os próximos sete dias sugere, fortemente, que o mercado não está considerando os problemas pelos quais passam a soja e o milho nesta temporada nos Estados Unidos", diz Mike Zuzolo, da Global Commodity Analytics. 

Além disso, há previsões ainda de que nas próximas semanas o cenário climático será melhor para a nova safra de grãos norte-americana, com temperaturas um pouco mais altas e chuvas mais modestas. Novas previsões alongadas chegam na próxima terça-feira (30), o que também reforça a sensação de que a volatilidade na próxima semana pode ser mais intensa. 

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Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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