Soja disponível testa os R$ 72,50 em Paranaguá com dólar estável e ganhos mais contidos em Chicago

Publicado em 19/07/2017 13:06

Os preços da soja, na sessão desta quarta-feira (19), vêm ampliando suas altas na Bolsa de Chicago, ainda de olho atento no clima do Meio-oeste dos Estados Unidos. As posições mais negociadas, perto de 12h45 (horário de Brasília), subiam entre 8,25 e 9,25 pontos, levando o novembro/17 - referência para a nova safra norte-americana - aos US$ 10,09 por bushel.

No Brasil, o dólar registrava mais um dia de estabilidade e, dessa forma, segue limitando um avanço mais expressivo dos preços da oleaginosa formados aqui, apesar de bons prêmios ainda praticados neste momento nos portos do país - variando de 38 a 68 cents de dólar por bushel em Paranaguá sobre as cotações praticadas em Chicago. A moeda americana, às 13h, valia R$ 3,15, caindo modestos 0,02%. 

Com isso, no terminal paranaense, a soja disponível ainda encontrava referências entre R$ 71,50 e R$ 72,50 por saca. Os indicativos mais baixos mantêm os vendedores, novamente, distantes de novos negócios, esperando que novas oportunidades possam chegar com a volatilidade típica do mercado climático norte-americano. 

Bolsa de Chicago

No entanto, para que altas mais agressivas possam ser observadas em Chicago, segundo consultores e analistas de mercado, as novidades sobre o clima e a ameaça à safra dos Estados Unidos teriam de ser mais fortes. O cenário de chuvas abaixo e temperaturas acima da média tem sido, portanto, precificado com um pouco mais de cautela pelo mercado neste momento. 

As previsões climáticas atualizadas ainda seguem indicando condições adversas para as lavouras dos Estados Unidos, porém, como sinalizam analistas e consultores de mercado, os movimentos de alta que se seguirem daqui em diante deverão ser mais calmos e cautelosos, além das realizações de lucros mais frequentes, com os investidores aproveitando cada oportunidade de bons preços. 

Paralelamente, há ainda alguma divergência entre os principais modelos climáticos, o que traz certa falta de direção para o andamento das cotações neste momento. Nas previsões um pouco mais alongadas, como para os próximos 10 dias, não há, nesse momento, total convergência das condições esperadas. 

Além disso, os sinais da forte demanda que continuam muito presentes ainda atuam como um importante pilar para os preços em Chicago. 

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Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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