Soja: Preços sobem na Bolsa de Chicago, mas altas no Brasil são apenas pontuais nesta 2ª

Publicado em 22/01/2018 18:13

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Os preços da soja trabalharam durante todo o dia em campo positivo na Bolsa de Chicago e terminaram o pregão desta segunda-feira (22) com altas de pouco mais de 7 pontos entre os principais contratos. Assim, o março/18 fechou com US$ 9,84 e o maio/18 com US$ 9,95 por bushel. Já os vencimentos mais distantes conseguiram encerrar a sessão acima dos US$ 10,00 por bushel. 

Ainda nesta segunda, o dólar também voltou a subir frente ao real, com o mercado se comportando de forma cautelosa antes do julgamento do ex-presidente Lula, que acontece nesta quarta-feira (24). A moeda americana fechou com R$ 3,2092, subindo 0,25%. 

"Apesar do otimismo em relação ao desfecho do julgamento, faz sentido (o mercado ficar mais cauteloso)", afirmou o operador da H.Commcor, Cleber Alessie Machado à agência de notícias Reuters.

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Apesar dessa conjunção de fatores, os preços no Brasil não subiram de forma generalizada. Apenas algumas praças de comercialização do interior do Brasil registraram ganhos, e entre os portos, apenas as referências no porto de Rio Grande. 

No interior, os destaques ficaram por conta de Ponta Grossa, no Paraná, com alta de 1,45% para R$ 70,00 por saca, Palma Sola, em Santa Catarina, onde o valor subiu 1,56% para R$ 65,00 e o Oeste da Bahia, onde o valor foi a R$ 60,00 com ganho de 5,26%. 

Em Paranaguá, estabilidade nos R$ 72,00 para a soja disponível e nos R$ 71,50 para o produto da safra nova. Em Rio Grande, porém, altas de 0,41% e 0,27%, respectivamente, para R$ 72,80 e R$ 74,00 por saca. 

A semana, assim, ainda começa com uma velocidade um pouco mais lenta de negócios no mercado brasileiro, como explica o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting. 

"Temos pouca presença dos vendedores que estão vendo a soja em alta em Chicago e esperam ganhos no Brasil que está com dólar fraco limitando parte dos ganhos. Assim, os negócios têm ficado atrelados aos consumidores regionais e seguem lentos de oferta de grão novo porque a colheita ainda é restrita a pontos do Centro Oeste e Paraná", diz.

Bolsa de Chicago

O foco dos investidores na Bolsa de Chicago segue sobre o clima na Argentina, princiapalmente, o tempo seco previsto para as próximas duas semanas na Argentina. Assim, um dos principais fatores de destaque neste momento, embora o Brasil possa compensar a quebra, estimada entre 3 a 5 milhões de toneladas, como explica o analista de mercado Luiz Fernado Gutierrez, da Safras & Mercado. 

"O clima seco na Argentina está promovendo mais uma cobertura de posições após um novo fim de semana de tempo seco no país", diz o analista do portal norte-americano Farm Futures. "Os mapas para as próximas duas semanas continuam a mostrar chuvas limitadas na parte norte da região produtora argentina. E mais chuvas podem continuar atrasando a colheita no Brasil", completa. 

Há muitos pontos em que as chuvas passam a ser um problema em função de seu excesso, travando o andamento dos trabalhos de campo. Além do atraso, já provocam também o aparecimento de doenças de final de ciclo, compromete a qualidade do grão e tem causado, em alguns pontos do país, a queda de vagens. 

Além disso, a demanda ainda forte também favorece. Os números dos embarques semanais de soja dos EUA reportados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) ficaram acima das expectativas do mercado e colaboraram para as altas. 

Os embarques de soja somaram 1.419,4 milhões de toneladas na semana encerrada no dia 18 de janeiro. O volume ficou acima das expectativas dos participantes do mercado, entre 980 mil a 1,39 milhão de toneladas.

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Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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