Soja retoma força, fecha com quase 20 pts de alta e safra nova tem R$ 76,20 em Rio Grande

Publicado em 12/02/2018 18:05

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Com o apoio do turbulento mercado financeiro internacional e da queda do dólar, mais uma semana de previsões indicando tempo quente e seco na Argentina permitiram que os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago terminassem a sessão desta segunda-feira (11) com altas de quase 20 pontos entre as posições mais negociadas. 

Os preços até tentaram amenizar os ganhos durante a tarde, porém, voltaram a ganhar força na última parte do pregão e terminaram com o maio/18 valendo US$ 10,12 por bushel, e os vencimentos mais distantes, novamente, acima dos US$ 10,20. 

No Brasil, poucas referências foram observadas na formação dos preços domésticos, já que é tempo de carnaval. No porto de Rio Grande, com os indicativos mais elevados em Chicago, a soja disponível subiu 0,40% para R$ 74,80 por saca, enquanto o produto para maio foi a R$ 76,20, com ganho de 0,53%. 

No interior do país, mudanças apenas em Não-Me-Toque, no Rio Grande do Sul, onde o preço foi a R$ 63,00 por saca, subindo 1,29% e em Panambi, também no estado gaúcho, para R$ 63,54, com 0,86% de avanço.

O feriado, porém, limita o andamento dos negócios. 

Mercado Internacional

Entre os grãos negociados na Bolsa de Chicago, quem liderou o avanço foi o trigo, que registrou um movimento positivo de mais de 2%, enquanto a soja bateu em suas máximas em quinze dias. Altas para o farelo de soja levaram as cotações aos seus mais elevados patamares em 18 meses. 

De acordo com analistas internacionais, o principal fator de estímulo às commodities dessa forma generalizada foi uma nova queda do dólar neste início de semana. 

O anúncio de que a proposta orçamentária de Donald Trump, que deverá trazer mais detalhes nesta segunda, inclui US$ 200 bilhões de investimento em infraestrutura, entre outros pontos importantes para a economia americana, ajudaram a impulsionar esse movimento. 

"O orçamento de fato empurra a trajetória para baixo", argumentou o diretor do orçamento da Casa Branca, Mick Mulvaney no programa "Fox News Sunday" mais cedo no domingo. "Ele realmente nos leva de volta ao equilíbrio. Ele nos afasta dos déficits de trilhões de dólares".

"O dólar mais fraco poder fazer algumas pessoas reavaliarem o potencial da demanda pelos estoques norte-americanos", diz um analista de Melbourne, na Austrália, à Reuters Internacional, afinal, com a moeda mais barata, os produtos norte-americanos tornam-se mais atrativos para os compradores internacionais. 

Nesta segunda, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) já trouxe o anúncio de uma nova venda de soja de mais de 300 mil toneladas, com volumes desta safra e da próxima, para destinos não revelados. 

Leia mais:

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Clima na América do Sul

As condições de clima na Argentina, que é um dos principais players do mercado internacional de derivados de soja, ainda seguem adversas e as expectativas indicam uma safra consideravelmente menor do que a inicialmente projetada. 

As chuvas do último final de semana foram 'decepcionantes' para o mercado e bastante limitada entre as principais regiões produtoras da oleaginosa no país. 

"A província de Buenos Aires continuou seca e pelo jeito é que precisa de chuvas com maior urgência. Apesar de termos andado ontem a tardinha em parte da  mesma, esta será a ultima a receber nossa atenção e nossa avaliação", diz Ginaldo Sousa, diretor da Labhoro Corretora, direto dos campos argentinos.

Saiba mais:

>> Crop Tour Argentina 2018: Seca preocupa, mas danos são mais sérios no milho até esse momento

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Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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