92% das regiões argentinas esperam rendimentos abaixo da média para safra de verão

Publicado em 28/02/2018 10:53

Na Argentina, os registros de chuvas abaixo do normal nos últimos meses já geraram impactos negativos importantes na produção agropecuária, condição que pode se agravar ainda mais se não chover nos próximos dias. Depois de um início de safra marcado por chuvas excessivas em muitas regiões, o final de 2017 e o início de 2018 mostraram chuvas bastante deficitárias.

Os registros do Serviço Meterológico Nacional (SMN) do país mostram que as chuvas entre janeiro e fevereiro ficaram entre 100mm até 300mm abaixo do normal.

De acordo com um levantamento recente feito pelo movimento Crea entre seus produtores localizados nas principais regiões produtoras, 67% dos casos apresentam condição hídrica deficitária nos solos e 33% regular.

Perdas

Em combinação com a seca, o aumento dos preços de soja e de milho e a recente evolução do tipo de câmbio estão gerando impactos econômicos variados, a depender do tipo de produção. Na agricultura, as mudanças registradas contribuiram para a queda do Valor Bruto da Produção (VBP) e para a perda dos produtores para a seca.

Assim, segundo o Radar Agrícola, a ferramenta que o Crea utiliza para quantificar o estado dos resultados em todos os departamentos agrícolas da Argentina, uma queda de 15% a 20% de queda na produção poderia resultar na perda de US$2,15 bilhões.

O estudo também identificou que 92% das regiões esperam rendimentos abaixo da média para os cultivos de verão. A soja de segunda etapa é uma das mais afetadas, com casos extremos de lotes perdidos.

Tradução: Izadora Pimenta

 

Fonte: Agrovoz

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